Freud, as neurociências e uma teoria da memória

Autores

  • Josiane Cristina Bocchi Universidade Federal de São Carlos; Departamento de Psicologia
  • Milena de Barros Viana Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Biociências

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642012000300004

Palavras-chave:

Memória, Psicanálise, Neurociências

Resumo

Alguns estudos têm demonstrado que conceitos psicanalíticos e observações neurocientíficas recentes podem ser complementares, contribuindo para um melhor entendimento de determinados processos psicobiológicos. Esses estudos também sugerem a possibilidade de interpretação de conceitos psicanalíticos a partir de sua aproximação com as neurociências. O presente trabalho investiga possíveis relações entre uma teoria da memória proposta por Freud e concepções neurocientíficas que surgem a partir da segunda metade do século XX, com base em observações clínicas (o caso do paciente H. M.) e experimentais (o conceito de potenciação de longa duração, LTP). Primeiramente, são apresentadas as ideias de Freud sobre processos mnemônicos que fundamentam a construção de um "Eu", da obra Projeto para uma psicologia científica (1950/1976). Posteriormente, as principais observações que subsidiaram a construção de uma teoria neurobiológica sobre a memória são analisadas. Conclui-se que o modelo dinâmico adotado pela neurociência contemporânea encontra paralelos em conceitos freudianos do final do século XIX.

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Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Freud, as neurociências e uma teoria da memória . (2012). Psicologia USP, 23(3), 481-502. https://doi.org/10.1590/S0103-65642012000300004