A captura da subjetividade pela violência simbólica da indústria cultural: da submissão à culpabilidade dos indivíduos

Autores

  • Angela Caniato Universidade Estadual de Maringá; Programa de Pós Graduação de Psicologia
  • Claudia Cotrim Cesnik Universidade Estadual de Maringá; Programa de Pós Graduação de Psicologia
  • Samara Megume Rodrigues Universidade Estadual de Maringá; Programa de Pós Graduação de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642012000400003

Palavras-chave:

Indústria cultural, Mercadoria, Modelos identificatórios, Violência simbólica, Sadomasoquismo

Resumo

Neste artigo adentramos a profundidade do conceito de indústria cultural, cunhado por Horkheimer e Adorno (1985), para atravessar suas imbricações com as fantasias inconscientes, em especial as de natureza destrutiva. A violência simbólica da indústria cultural, quando internalizada pelos indivíduos, veicula os modelos identificatórios exigidos pela sociedade de consumo para universalizar a lógica da mercadoria entre todos eles. Essa perversão nos processos de constituição das subjetividades conduz às suas estandardizações nos moldes que Theodor Adorno identifica como de pseudoindivíduos, atados simbioticamente uns aos outros. Existe uma similaridade entre esses conceitos adornianos e o de sentimento inconsciente de culpabilidade de Freud, em que esse autor identifica processos de autopunição subjetiva quando, sob a mais-repressão social, os indivíduos estão proibidos de reagir. O sadomasoquismo sustenta a cumplicidade dos indivíduos com esse status quo opressor, orquestrado pelo engano das ideologias difundidas pela indústria cultural. Será possível que esses indivíduos venham a assumir as suas criticidades para tornarem-se construtores da cultura?

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Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A captura da subjetividade pela violência simbólica da indústria cultural: da submissão à culpabilidade dos indivíduos . (2012). Psicologia USP, 23(4), 661-681. https://doi.org/10.1590/S0103-65642012000400003