Dor e Gozo: relatos de mulheres jovens sobre automutilações

Autores

  • José Juliano Cedaro Universidade Federal de Rondônia
  • Josiana Paula Gomes do Nascimento Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642013000200002

Palavras-chave:

Automutilação, Masoquismo, Melancolia, Psicanálise, Saúde mental

Resumo

Este artigo discute a prática da automutilação, destacando os relatos de mulheres jovens (entre 15 e 21 anos), atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Tais atitudes consistem em provocar, de forma consciente, feridas no próprio corpo, como cortes, arranhões, queimaduras ou perfurações, não havendo nessas ações o desejo manifesto de suicídio, embora seja comum aparecerem ideações nesse sentido nas falas das pacientes. Os relatos acerca de tal comportamento são apresentados por meio de fragmentos de falas, registrados após atendimentos psicológicos, que esboçam a descrição dos sentimentos expostos dentro do setting terapêutico. As questões suscitadas são discutidas a partir das concepções psicanalíticas a respeito do gozo e do masoquismo, com ênfase nas proposições de Freud e Lacan, focalizando a seguinte indagação: qual é a função da dor autoprovocada - e das marcas corporais autoinflingidas - na dinâmica psíquica das pacientes com histórico de automutilações?

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Publicado

2013-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Dor e Gozo: relatos de mulheres jovens sobre automutilações. (2013). Psicologia USP, 24(2), 203-223. https://doi.org/10.1590/S0103-65642013000200002