Discutindo a clínica e o tratamento da toxicomania

dos discursos à constituição subjetiva

Autores

  • Ana Flávia Dias Tanaka Shimoguiri Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de Psicologia Clínica https://orcid.org/0000-0002-5422-1605
  • Maico Fernando Costa Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de Psicologia Clínica https://orcid.org/0000-0001-6540-774X
  • Silvio José Benelli Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de Psicologia Clínica https://orcid.org/0000-0001-8394-9331
  • Abíllio da Costa-Rosa Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de Psicologia Clínica https://orcid.org/0000-0002-7648-0114

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e180014

Palavras-chave:

toxicomania, psicanálise, modo capitalista de produção

Resumo

A toxicomania como estilo subjetivo é uma denegação do laço social fálico em que o tóxico serve para mais-gozar numa unidade eu-Outro. Numa cultura marcada pelo mais-além do princípio de prazer, a felicidade está no consumo de objetos feitos para gozar, assim, o uso de drogas tornou-se um sintoma social do Discurso do Capitalista. Dada a complexidade do assunto, este artigo fundamentado na psicanálise de Freud e Lacan objetiva abordar a toxicomania sob algumas perspectivas preliminares de compreensão do fenômeno e seu tratamento. Se o toxicômano cede do seu desejo, como ele fará frente a esse gozo aniquilador encontrado na droga? O que lhe prenderá à vida? Procuramos responder essas perguntas. Um tratamento possível consiste em oferecer ao sujeito, por meio da fala, novos registros de gozo intermediados pela linguagem, capazes de competir com o gozo do corpo, não visando interditar o consumo, mas diversificar a demanda.

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Publicado

2019-08-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Discutindo a clínica e o tratamento da toxicomania: dos discursos à constituição subjetiva. (2019). Psicologia USP, 30, e180014. https://doi.org/10.1590/0103-6564e180014