Espaço, pessoa e movimento na socialidade ameríndia: sobre os modos Huni Kuin de relacionalidade

Autores

  • Cecilia McCallum Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.102107

Palavras-chave:

Espaço, socialidade, território, sócio-cosmologia amazônica, Kaxinauá

Resumo

O artigo explora as práticas huni kuin constitutivas de socialidade, das pessoas e, simultaneamente, das suas relações com o ambiente. Ao criar a si mesmos num sentido material e social em processos intersubjetivos ocorridos em configurações específicas do espaço-tempo, forjam conexões contingentes de posse entre pessoas e lugares, e criam as condições para abrir clareiras temporárias de espaço humano num mundo vigiado e cuidado por entidades não-humanas. Num primeiro momento, o artigo relembra o empenho das lideranças huni kuin em defender seus direitos de propriedade e insistir na demarcação das terras indígenas, conforme especificado pela legislação brasileira, para o qual usam uma linguagem discursiva não-indígena. O enfoque principal deste ensaio, no entanto, recai sobre as práticas indígenas da vida diária. Explora-se a noção de que, em um sentido proeminente, para este povo da Amazônia, o território não é fixo, mas depende da constante transformação da copresença huni kuin envolvida nas relações entre si e com outras entidades e pessoas do mundo circundante. 

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Publicado

2015-08-12

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

McCallum, C. (2015). Espaço, pessoa e movimento na socialidade ameríndia: sobre os modos Huni Kuin de relacionalidade. Revista De Antropologia, 58(1), 223-256. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.102107