Navegar é preciso, viver também é preciso: ideias iniciais sobre a organização e a percepção de tempo de marinheiros brasileiros em navio polar

Autores

  • Sarah de Barros Viana Hissa Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.141653

Palavras-chave:

Antártica, tempo, marinheiros, sazonalidade, espaço

Resumo

A pesquisa científica brasileira na Antártica se dá desde 1982, com apoio logístico da Marinha Brasileira. Após uma permanência relativamente breve nos navios polares, busca-se discutir como os marinheiros percebem o tempo e sua passagem. Discutiu-se a percepção do tempo a partir de três vieses: atividades desempenhadas, movimentos de retenção e protensão da consciência e algumas festividades observadas. Percebeu-se que um desejo de que o tempo passe rapidamente e que as atividades, sejam de lazer ou de trabalho, proporcionam uma sensação de passagem rápida de tempo. A lembrança de casa se faz constante, sugerindo uma presença parcial dos marinheiros naquele espaço, onde outros locais e momentos são chamados a habitar a Antártica. Neste sentido, as festas poderão significar, para os marinheiros, uma forma de intensificação do presente.

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Publicado

2017-12-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Hissa, S. de B. V. (2017). Navegar é preciso, viver também é preciso: ideias iniciais sobre a organização e a percepção de tempo de marinheiros brasileiros em navio polar. Revista De Antropologia, 60(3), 284-307. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.141653