Ciência da floresta: Por uma antropologia no plural, simétrica e cruzada

Autores

  • Gilton Mendes dos Santos Universidade Federal do Amazonas; Departamento de Antropologia
  • Carlos Machado Dias Jr. Universidade Federal do Amazonas; Departamento de Antropologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000100004

Palavras-chave:

Amazônia, intelectuais indígenas, antropologia cruzada

Resumo

Se o pensamento selvagem opera com princípios e categorias radicalmente distintos do pensamento técnico-científico ocidental, o que nos têm a dizer os"intelectuais da floresta" sobre temas tratados pela Ciência, pelo Cristianismo, pelo Estado? O que pensam os índios, com suas balizas epistemológicas, sobre os fatos sociais em suas próprias culturas e sobre aqueles concernentes à nossa sociedade? As páginas a seguir são uma tentativa de observação desta"antropologia cruzada", de como nossas teorias são captadas e traduzidas pelas teorias daqueles que sempre foram mantidos na condição de observados pela antropologia. Este texto é ainda a base para um programa de encontros entre intelectuais indígenas provenientes de diferentes cantos e contextos etnográficos da Amazônia brasileira para a troca de idéias, conceitos, narrativas e teorias nativas. Por fim, os autores deste artigo lançam mão de alguns episódios etnográficos que exemplificam e corroboram a ação antropológica indígena ancorada em parâmetros conceituais distintos daqueles praticados pelas ciências, servindo como fonte e estímulo à exploração de uma"etnoantropologia".

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Santos, G. M. dos, & Dias Jr., C. M. (2009). Ciência da floresta: Por uma antropologia no plural, simétrica e cruzada . Revista De Antropologia, 52(1), 137-160. https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000100004