Inscrito nos genes ou escrito nas estrelas? Adoção de crianças e uso de reprodução assistida
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.38583Palavras-chave:
Reprodução assistida, adoção, família, biotecnologia.Resumo
Procura-se, neste artigo, explorar os deslocamentos que podem estar associados à proliferação do uso de tecnologias de reprodução assistida (RA) no país. São comparadas as narrativas sobre adoção e RA, atentando para os discursos e as adequações ao modelo “biológico-natural” de reprodução, com o propósito de intuir caminhos possíveis para traçar um diálogo entre essas duas formas de ter filhos. Discute-se o lugar das possibilidades de escolha das características dos filhos oferecidas por cada um destes campos, observando qual o seu referente, assim como o lugar simbólico atribuído ao uso das tecnologias reprodutivas antes da adoção. Discute-se, ainda, o lugar das crianças em cada um desses campos (adoção e RA) na preservação do caráter estrutural da família consanguínea. Observa-se que a tecnologia permite radicalizar a preferência generalizada e documentada em diversas pesquisas acerca de adoção de crianças recém-nascidas e com biótipo similar ao dos pais. A adoção de embriões permite antecipar, ao máximo possível, tal ntendência, abrindo espaço para a realização da experiência corporal da maternidade, comumente associada à realização da feminilidade. Finalmente, observa-se o lugar atribuído ao uso de tecnologias reprodutivas conceptivas no processo de habilitação para adoção.Downloads
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