Bons chefes, maus chefes, chefões: elementos de filosofia política ameríndia

Autores

  • Beatriz Perrone-Moisés Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39649

Palavras-chave:

Ameríndios, política, Pierre Clastres, chefia, mitos.

Resumo

Este artigo estabelece um diálogo entre mitos ameríndios e o pensamento de Pierre Clastres. Tem por fio condutor figuras de chefes ameríndios presentes na reflexão da antropologia política americanista e na mitologia. Os mitos são aqui tomados como pensamento (cf. Lévi-Strauss), e embora o próprio Clastres opusesse por vezes mito e pensamento, mitos como os que são aqui analisados podem ser lidos como reforço à sua famosa tese da Sociedade contra o Estado. Tais mitos são aqui apresentados, ao lado de outras histórias, como elementos a serem acrescentados à imagem do “chefe sem poder” ameríndio – e introduzir-lhe certas modulações. Trata-se, finalmente, de defender a necessidade de prosseguir a “revolução copernicana” proposta por Clastres, não mais em prol de uma teoria geral da política (ou antropologia política, em seus termos), mas para buscar os termos ameríndios de conceber e praticar política, uma filosofia política ameríndia (antropologia política ameríndia?).

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Biografia do Autor

  • Beatriz Perrone-Moisés, Universidade de São Paulo
    Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1982), Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (1990) e Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (1996). Professora do Departamento de Antropologia e pesquisadora do Centro de Estudos Ameríndios, da USP. Pesquisadora principal da pesquisa temática "Redes Ameríndias: geração e transformação de relações nas Terras Baixas sul-americanas" (FAPESP 05/57134-2), no NHII-USP.

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Publicado

2012-08-24

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Bons chefes, maus chefes, chefões: elementos de filosofia política ameríndia. (2012). Revista De Antropologia, 54(2). https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39649