As subversões do tempo nos comunicados zapatistas

Autores

  • Júnia Marúsia Trigueiro de Lima Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.87760

Palavras-chave:

Comunicados zapatistas, tempo, história, memória, coletivo.

Resumo

O presente artigo intenta problematizar noções de tempo e história perante um caso etnográfico que se impõe de maneira diferenciada. Trato de construções de mundo imersas nos comunicados do Movimento Zapatista. Tais construções têm como vocativo a resistência e são por isso poderosos instrumentos simbólicos. Utilizo três elementos para esclarecer essa reflexão: as cosmovisões, histórias de criação que incorporam classificações sobre o presente; os símbolos referentes à Revolução Mexicana; a memória e a construção de coletivos que têm como nexo de união as noções de morte e dor. Tais elementos são analisados em torno de um modelo de se pensar o tempo: em espiral, ou “caracol”, que tem como característica principal a indefinição entre o começo e o fim. Tal modelo é tratado para pensar a coexistência entre aspectos míticos e simbólicos que se intercalam com a vivência na resistência. 

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Publicado

2014-11-11

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

de Lima, J. M. T. (2014). As subversões do tempo nos comunicados zapatistas. Revista De Antropologia, 57(1), 215-264. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.87760