O tênue equilíbrio no movimento: a vicinalidade na migração transnacional

Autores

  • Simone Frangella Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.89109

Palavras-chave:

Migração, vicinalidade, redes sociais, mobilidade transnacional

Resumo

Este artigo trata das implicações que a mobilidade transnacional tem para as formas de habitar o mundo. A partir da análise das experiências migrantes de goianos que se deslocam para Portugal, exploro como as relações de vicinalidade e de coabitação constroem-se em função da dimensão temporal e espacial deste trânsito. A vicinalidade, entendida como agrupamentos de entreajuda que envolvem distintas relações sociais e formas de solidariedade e conflito, promove uma reelaboração das relações de mutualidade dos migrantes em circulação. Através dela que se garante o sucesso ou o fracasso deste deslocamento, na chegada e na adaptação no local destinado, e na manutenção dos laços que deixaram. As tramas da vicinalidade estão sujeitas a imprecisões, turbulências emocionais, falhas práticas, negociações, reconfigurando tanto as interações familiares e de amizade quando a própria noção de coabitar. Desta perspectiva, explorar o conceito de vicinalidade parece ser bastante produtivo para pensar esta mobilidade migratória. 

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Publicado

2014-12-19

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Frangella, S. (2014). O tênue equilíbrio no movimento: a vicinalidade na migração transnacional. Revista De Antropologia, 57(2), 73-106. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.89109