Cartografias da ordem e da violência. Entre a guerra ameríndia e as “brigas de família” sertanejas

Autores

  • Ana Claudia Marques Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39642

Palavras-chave:

Estado, contra-Estado, família, ordem, violência.

Resumo

Uma das ideias centrais da obra de Clastres é a de que nas sociedades primitivas a violência desempenha um papel político de conjuração do Estado, constituindo-se, desta forma, na base de sua ordenação social. O artigo que se segue propõe uma aproximação de sua abordagem da violência no que concerne ao tema das questões de família, etnografadas no sertão de Pernambuco há cerca de 10 anos. Sem desconsiderar a distinção fundamental entre sociedades de Estado e contra o Estado, mas reconfigurando os termos desta oposição, propõe-se, sob inspiração de Clastres, que, ao se considerarem dimensões políticas da noção de regra e das relações conflituosas, logra-se evidenciar a concorrência de princípios múltiplos e antitéticos de ordenação social também nas chamadas sociedades complexas.

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Biografia do Autor

  • Ana Claudia Marques, Universidade de São Paulo
    Possui graduação em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa (1992), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é professor doutor da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Antropologia rural e da política, com ênfase em Relações familiares, políticas e pessoais no Sertão do Nordeste, com especial atenção a conflitos como as lutas de famílias e o cangaço; aspectos sociais em torno do agronegócio de grãos no Mato Grosso, com especial enfoque sobre as relações de família entre agricultores e seus desdobramentos políticos e econômicos. Coordenadora do Hybris, grupo de estudo e pesquisa sobre relações de poder, conlfitos, socialidades.

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Publicado

2012-08-24

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Cartografias da ordem e da violência. Entre a guerra ameríndia e as “brigas de família” sertanejas. (2012). Revista De Antropologia, 54(2). https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39642