Expressões de masculinidade entre patrões e operários em um conjunto de empresas sul‑rio-grandenses década de 1940
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.v12i17p190699%20Palavras-chave:
Masculinidades, Empresários, OperáriosResumo
Este artigo tem o objetivo de desenvolver uma reflexão sobre as diferenciações nos padrões de masculinidade levando em consideração classe, etnia e contexto social na análise dos elementos que atuam na construção das masculinidades em dois grupos de indivíduos: os empresários fundadores do Centro da Indústria Fabril (Cinfa) e os trabalhadores desses mesmos estabelecimentos. Através da análise das atas de reuniões do Cinfa e dos processos trabalhistas individuais, trata-se dos estilos de masculinidades e a imagem que os empresários fundadores do Centro se esforçavam em construir ao longo da década de 1940. Nesse sentido, percebe-se que além de ser masculinizado, o dinamismo criador dos empreendedores, em especial dos fundadores do Cinfa, também é racializado e embranquecido pela valorização da germanidade.
Downloads
Referências
BARTMANN, T. Industrialização e imigração no Rio Grande do Sul: um estudo historiográfico. Monografia (Graduação em História) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 62, de 5 de junho de 1935. Diário Oficial da União, 1935. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1930-1949/L0062.htm#:~:text=LEI%20No%2062%2C%20DE,causa%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20providencias. Acesso em: 5 mar. 2021.
CONNEL, R.; MESSERSCHMIDT, J. W. “Masculinidade hegemônica: repensando o conceito”. Estudos Feministas, v. 21, n. 1, p. 241-282, 2013.
CONNEL, R. W. “Políticas da masculinidade”. Educação e Realidade, v. 20, n. 2, p. 186-206, 1995.
DUARTE, L. F. D. “Identidade social e padrões de ‘agressividade verbal’ em um grupo de trabalhadores urbanos”. Boletim do Museu Nacional, n. 36, out. 1981.
ELIAS, N. “Sobre o ethos da burguesia guilhermina”. Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
GOMES, Â. M. de C. Burguesia e trabalho: política e legislação social no Brasil 1917-1937. Rio de Janeiro: Campus, 1979.
GOMES, Â. M. de C.; SILVA, F. T. da. A justiça do trabalho e sua história. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
KIMMEL, M. S. “A produção simultânea de masculinidades hegemônicas e subalternas”. Horizontes Antropológicos, ano 4, n. 9, p. 103-117, 1998.
MISKOLCI, R. O desejo da nação: masculinidade e branquitude no Brasil de fins do século XIX. São Paulo: Annablume, 2013.
NEGRO, A. L.; SOUZA, E. A. O. “Que “fosse procurar os seus direito’: Justiça do Trabalho e poder disciplinar na Bahia: insubordinação operária, autoridade patronal e mediação judicial (1943-1948)”. GOMES, Â. de C.; SILVA, F. T. da (Org.). A Justiça do Trabalho e sua história. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
PELLANDA, E. A. J. Renner: um capitão da indústria. Porto Alegre: Globo, 1944.
PISCITELLI, A. “‘Pioneiros’: masculinidades em narrativas sobre fundadores de grupos empresariais brasileiros”. SCHPUN, M. R. (Org.). Masculinidades. São Paulo: Boitempo, 2004.
RAGO, M. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar: Brasil 1890-1930. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
REZENDE, V. D. de. Tempo, trabalho e conflito social no complexo coureiro-calçadista de Franca (SP) (1950-1980). Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
SILVA, F. T. “Valentia e cultura do trabalho na estiva de Santos”. BATALHA, C. H. M., SILVA, F. T., FORTES, A. (Org.). Culturas de classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.
SILVEIRA, E. R. “‘Casa de homens’: o jogo do osso e a masculinidade em grupos populares de Porto Alegre (RS)”. Sociologias, n. 2, p. 273-291, 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Tatiane Bartmann
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
