Revista Angelus Novus https://www.revistas.usp.br/ran <p>Publicação dos Pós-Graduandos em História Econômica &amp; História Social da Universidade de São Paulo (USP)</p> pt-BR <h4>1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre</h4><br /> Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br /><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Creative Commons Attribution License</a> que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li></ol> rangelusnovus@gmail.com (Revista Angelus Novus (RAN)) atendimento@aguia.usp.br (Agência USP de Gestão de Informação Acadêmica (AGUIA)) Ter, 15 Fev 2022 09:35:09 -0300 OJS 3.2.1.1 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Sem memória, sem democracia: perspectivas sobre a ascensão fascista no Brasil neoliberal https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/188820 <p>O presente artigo tem como escopo problematizar a ausência de memória social do passado autoritário e sua relação com o avanço do fascismo na sociedade brasileira no contexto contemporâneo. Tal esforço, consistente em um ensaio de caráter teórico e historiográfico, foi procedido mediante revisão de bibliografia sobre os temas pertinentes e os resultados da investigação estão estruturados em três tópicos, nos quais são analisados, respectivamente, o fascismo além de seu formato histórico, sua compatibilidade com neoliberalismo e o papel desempenhado pela ausência de memória do passado ditatorial no processo de intensificação das pulsões antidemocráticas.</p> Felipe Lazzari da Silveira Copyright (c) 2022 Felipe Lazzari da Silveira http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/188820 Qua, 16 Mar 2022 00:00:00 -0300 O marxismo e a questão penal: entre o realismo de esquerda e os abolicionismos penais https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/188932 <p lang="pt-BR" style="line-height: 120%; orphans: 2; widows: 2; margin-left: 0.5cm; margin-right: 0.5cm; text-indent: 0cm; margin-bottom: 0.3cm;"><span style="font-family: EB Garamond 12;"><span style="font-size: small;">Com o objetivo de apontar alguns caminhos possíveis para a análise marxista da questão penal, o trabalho se debruça sobre as contribuições de duas vertentes comumente contrapostas: o realismo criminológico de esquerda, de autores como Jock Young e Roger Matthews, e os abolicionismos penais, de autores como Thomas Mathiesen e Angela Davis. Para tanto, realiza uma revisão bibliográfica com o fim de expor as principais teses de cada abordagem, relacionando-as às contribuições pertinentes elaboradas pela teoria social marxista. Posteriormente, busca delinear as contribuições que cada uma das perspectivas trouxe para o modo como a teoria marxista compreende os fenômenos envolvendo a punição e a questão penal. Do realismo criminológico de esquerda, destaca-se a contribuição para o destaque da importância que a ideologia possui na sustentação do sistema penal. Dos abolicionismos penais, são ressaltados a abordagem profundamente histórica do problema e o modo como deriva um programa político voltado para a atuação prática de suas análises. Por fim, o trabalho faz um breve apontamento sobre a ausência da crítica marxista.</span></span></p> Gustavo Carneiro da Silva Copyright (c) 2022 Gustavo Carneiro da Silva http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/188932 Sex, 29 Abr 2022 00:00:00 -0300 A utopia do consumo: breve história do varejo de alimentos em Recife https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/183380 <p>Visando discutir a evolução do mercado varejista de alimentos em Recife e compreender sua relação com o consumidor entre meados do século XIX e a década de 1960, o artigo realiza uma revisão bibliográfica de trabalhos acadêmicos e livros sobre o varejo, bem como análise da publicidade de supermercados publicada no Diário de Pernambuco na década de 1950. Tendo por base as ideias de Michel de Certeau, o intuito do texto é entender as formas pelas quais a distribuição de alimentos produzidos no interior de Pernambuco se transformou ao longo do tempo. Esse estudo é feito por meio da análise das primeiras feiras de rua e mercados públicos. Aborda-se ainda como as antigas mercearias surgiram, além dos supermercados, modelo importado dos Estados Unidos e símbolo da nova forma de consumir, divulgada pelos meios de comunicação como eficiente, barata, prática e sobretudo moderna. Para isso, investiga-se a gênese desse tipo de estabelecimento em seu país de origem e de que forma ele alterou os hábitos de consumo dos norte-americanos. Pretende-se, enfim, debater a trajetória dos supermercados e compreender, em parte, as diferenças e semelhanças entre os modelos de autosserviço no varejo de alimentos no Brasil e nos Estados Unidos de 1850 a 1960.</p> Frederico de Oliveira Toscano Copyright (c) 2022 Frederico de Oliveira Toscano http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/183380 Sáb, 04 Jun 2022 00:00:00 -0300 Reocupação do Norte Pioneiro do Paraná: o caso de Cambará, Alambary e os indígenas https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/196003 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Para compreender as frentes de expansão e frentes pioneiras de um determinado local, devemos abranger nossa visão para além de uma história única, tradicional e hegemônica. No estudo da “colonização” do norte do Paraná no início do século XX, utilizamos a concepção de reocupação, pela qual se entende este espaço como local já habitado por sociedades indígenas e posseiros- caboclos, historicamente silenciados pela história do “pioneiro”. No presente estudo, analisamos como se deu a reocupação do território de Cambará-PR, indo além dos marcos históricos estabelecidos pelos “colonizadores”. Com ajuda de referências teóricas, fontes jornalísticas, memorialísticas e relatórios, discorremos sobre: a presença indígena na região; a chegada do latifundiário Major Antonio Barbosa Ferraz Júnior como dominação; e os patrimônios materiais e imateriais, como o rio Alambari, e a denominação da fazenda Água do “Bugre” – sua propriedade. Assim, examinamos o porquê do povoado de Alambary mudar seu nome para “Cambará” por volta de 1920 e se o antigo nome da Villa Alambary seria sinônimo de atraso, ao passo que Cambará (madeira exportada naquela época) representaria a superação de uma sociedade tida como “incivilizada” pelos “reocupantes”.</p> </div> </div> </div> Mateus Torelli Fidelis Copyright (c) 2022 Mateus Torelli Fidelis http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/196003 Qui, 04 Ago 2022 00:00:00 -0300 A construção histórica da territorialidade Guarani através de suas migrações https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/180516 <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">A discussão acerca dos direitos dos povos indígenas à territorialidade é ainda bastante incipiente. Assim, o presente artigo oferece uma contribuição aos debates sobre esse tema aludindo à dispersão Guarani pelos territórios sul-americanos e considerando as migrações como uma dinâmica social de longa duração entre esses povos, o que resultou na construção histórica de territorialidades não suficientemente reconhecidas. Deste modo, apoiamo-nos na produção bibliográfica mais recente acerca de pesquisas arqueológicas que tratam da ocupação Guarani na América do Sul em torno de alguns de seus rios mais importantes. Utilizando uma metodologia qualitativa de análise do discurso, recuperamos a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2007) com vistas para o direito à territorialidade. À guisa de uma conclusão, observamos alguns pontos sobre o assunto no Brasil.</span></p> Edson Dos Santos Junior Copyright (c) 2022 Edson Dos Santos Junior http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/180516 Ter, 09 Ago 2022 00:00:00 -0300 Uma interpretação rawlsiana da Constituição: considerações agonísticas sobre a democracia brasileira https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/188969 <p lang="pt-BR" style="line-height: 120%; orphans: 2; widows: 2; margin-left: 0.5cm; margin-right: 0.5cm; text-indent: 0cm; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: EB Garamond 12;"><span style="font-size: small;">Na concepção de John Rawls, o consenso sobreposto consiste na formulação de uma instância de tolerância mútua que torna democracias possíveis. Entendimento de que para uma democracia funcionar é necessário que os agentes políticos respeitem direitos de seus oponentes, ainda que discordem de suas crenças, uma noção que dialoga com a ideia de Chantal Mouffe sobre democracia agonística. A democracia agonística, casando as ideias de Rawls com as de Bobbio e Mouffe, depende do respeito pelo consenso sobreposto, pela própria existência da democracia. É pertinente utilizar as reflexões teóricas desses autores para perceber suas absorções pela Constituição Federal de 1988, em especial as noções rawlsianas. Da mesma forma, perceber a fragilização das noções dos princípios de justiça e do consenso sobreposto conforme sucessivas crises – política, saúde, econômica – colocam a própria Constituição em cheque. Assim, a proposta deste trabalho é deslocar a teoria de John Rawls para compreender seus diálogos com a Constituição de 1988, ante a hipótese de que a fragilização democrática brasileira, seguida da eleição de um nacionalista autoritário em 2018, erode essas próprias noções por dentro. Destarte, através do diálogo entre a base teórica e o objeto apreendido, será possível contribuir para o estado da arte ao alargar os conceitos rawlsianos para a interpretação de um objeto periférico na academia, e permitindo, em última instância, perceber a essencialidade das concepções de Rawls para a existência de uma democracia liberal saudável e estável.</span></span></p> Sergio Schargel, João Gabriel Ribeiro Pessanha Leal Copyright (c) 2022 Sergio Schargel, João Gabriel Ribeiro Pessanha Leal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/188969 Qua, 12 Out 2022 00:00:00 -0300 A história do mundo como grande estratégia: a simulação da modernidade no jogo eletrônico Europa Universalis IV https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/190701 <p lang="pt-BR" style="line-height: 120%; orphans: 2; widows: 2; margin-left: 0.5cm; margin-right: 0.5cm; text-indent: 0cm; margin-bottom: 0.3cm;"><span style="font-family: EB Garamond 12, serif;"><span style="font-size: small;">A indústria de entretenimento pode se apresentar como um importante meio de divulgação histórica e de popularização e naturalização de argumentos historiográficos e representações da história. Essa dinâmica também se faz presente em jogos eletrônicos que mobilizam o conhecimento histórico para simular períodos, processos, estruturas e acontecimentos históricos específicos. A retórica procedural dos jogos divulga e reafirma argumentos historiográficos através de suas representações normativas para um público não-especializado. Este artigo objetiva analisar a presença de noções e argumentos de história do mundo no jogo <em>Europa Universalis IV</em>. Através da análise crítica dos mecanismos do jogo e sua justaposição com a literatura especializada de história do mundo, será constatado que o jogo reproduz uma visão integracionista da história do mundo, que informa o entendimento da história por seus consumidores. Com a sua simulação histórica de zonas interativas, comércio internacional e difusão tecnológica, a retórica procedural de <em>Europa Universalis IV</em>, fundamentada em conhecimento historiográfico especializado, como a teoria do sistema-mundo, reproduz sua própria interpretação da história do mundo e pode convencer os jogadores no mesmo sentido.</span></span></p> Hermano do Amaral Pinto Neto Copyright (c) 2022 Hermano do Amaral Pinto Neto http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/190701 Sáb, 22 Out 2022 00:00:00 -0300 Eric Hobsbawm (1917‑2012) https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/198430 <p>Ensaio sobre Eric Hobsbawm e o ”breve século XX”.</p> Lincoln Secco Copyright (c) 2022 Lincoln Secco http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/198430 Qui, 30 Jun 2022 00:00:00 -0300 Foice no escuro: sobre o Combate nas trevas, de Jacob Gorender https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/203140 <p>Ensaio sobre o <em>Combate nas trevas</em> (1987), de Jacob Gorender.</p> Marcos Silva Copyright (c) 2022 Marcos Silva http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/203140 Ter, 15 Nov 2022 00:00:00 -0300 OLIVEIRA, Cecilia Helena de Salles. A astúcia liberal: relações de mercado e projetos políticos no Rio de Janeiro, 1820‑1824. 2. ed. São Paulo: Intermeios, 2020. 330 p. https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/199828 <p>Resenha do livro OLIVEIRA, Cecilia Helena de Salles. <em>A astúcia liberal: relações de mercado e projetos políticos no Rio de Janeiro, 1820‑1824</em>. 2. ed. São Paulo: Intermeios, 2020. 330 p.</p> Eide Sandra Azevedo Abreu Copyright (c) 2022 Eide Sandra Azevedo Abreu http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/199828 Seg, 08 Ago 2022 00:00:00 -0300 ANDRADE, Everaldo de Oliveira (Org.). Economia socialista: experiências históricas de planificação econômica e debates sobre transição hoje. São Paulo: Maria Antônia, 2022. 295 p. https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/200482 <p>Resenha do livro ANDRADE, Everaldo de Oliveira (Org.). Economia socialista: experiências históricas de planificação econômica e debates sobre transição hoje. São Paulo: Maria Antônia, 2022. 295 p.</p> Davi Luiz Paulino Copyright (c) 2022 Davi Luiz Paulino http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/200482 Dom, 20 Nov 2022 00:00:00 -0300 Destombamento através do tempo: as (des)construções das políticas de preservação do patrimônio cultural brasileiro https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/200548 <p>Com o objetivo de fazer aproximações entre os casos de destombamento ocorridos na década de 1940, durante o Regime Varguista, e os três casos atuais, dos anos 2021 e 2022, o artigo propõe uma breve reflexão sobre o estabelecimento do decreto-lei nº 3866/1941, quando se constituiu legalmente o cancelamento do tombamento. A reflexão permite iluminar alguns casos anteriores, conectando suas semelhanças e divergências com aqueles ocorridos no século XXI. Coloca-se em perspectiva a utilização do dispositivo jurídico, enfatizando as diferenças dos processos históricos que os balizaram, na perda da memória relacionada à perda da materialidade e a preservação de ruínas.</p> Carolina Pedro Soares Copyright (c) 2023 Carolina Pedro Soares http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://www.revistas.usp.br/ran/article/view/200548 Sáb, 21 Jan 2023 00:00:00 -0300