Filosofia e beleza muntu-angolana

Autores

  • Patrício Batsîkama Centro de Estudos e Investigação Aplicada. Instituto Superior Politécnico

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i15p120-149

Palavras-chave:

Filosofia, Muntu-angolano, Arte

Resumo

A discussão estética em torno da dinâmica da produção artística entre a arte clássica (tida como arte tradicional pelos etnólogos coloniais) e a arte contemporânea produzida por africanos (patentes nas galerias da arte) tem sido tímida. Três razões são levantadas. A primeira é a falta de estudos para sua sistematização e classificação. A segunda tem a ver com a polémica a volta da filosofia africana. A terceira versa-se na ausência de pesquisadores nas arenas internacionais para discutir a questão. Depois de ter discutido essa possibilidade no Congresso Mundial de Filosofia (Universidade Nacional de Seul, 2008) e no Congresso Internacional da Estética (Université de Beijing, 2013), expomos o presente artigo, escolhemos a discussão sobre filosofia e beleza na arte clássica em África, optando num discurso estético que poderá servir também para arte contemporânea.

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Biografia do Autor

  • Patrício Batsîkama, Centro de Estudos e Investigação Aplicada. Instituto Superior Politécnico

    Diretor do CEICA-ISPT.

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Publicado

2021-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Batsîkama, P. (2021). Filosofia e beleza muntu-angolana. Rapsódia, 1(15), 120-149. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i15p120-149