Resistência e contra-resistência-organizada em espaços de conflitos: uma etonografia com trabalhadores da Embraer
DOI:
https://doi.org/10.1016/j.rausp.2016.06.018Palavras-chave:
Resistência, Contra-resistência-organizada, Pós-fordismo, Embraer, SindicatoResumo
Neste artigo, analisa-se a especificidade dos conflitos entre capital e trabalho no contexto de uma empresa global como a EMBRAER, sediada no Estado de São Paulo, Brasil. Em 2009 a EMBRAER demitiu mais de quatro mil trabalhadores, o que provocou acirramento dos conflitos trabalhistas. Curiosamente, ao lado desses conflitos surgiu um movimento de contra-resistência-organizada de funcionários da empresa cujo ponto culminante foi uma decisão contrária à continuidade de uma greve eclodida em 2014. O contra o movimento de resistência sindical se posicionava em defesa dos valores da empresa. Tendo como pano de fundo esses conflitos, a pesquisa realizou uma abordagem etnográfica aos moldes de um estudo de caso ampliado fundamentado pela Sociologia Pública. A pesquisa foi realizada no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e com os trabalhadores da Embraer durante dois anos. A conclusão principal do artigo aponta que há uma dialética do conflito no capitalismo contemporâneo que no mesmo tempo que promove os movimentos de resistência dos trabalhadores revela também a eficácia das políticas de consentimento da empresa típicas do pós-fordismo, que, neste caso, manifestou-se como um movimento inédito de contra-resistência-organizada.Downloads
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Publicado
2017-12-01
Edição
Seção
Recursos Humanos & Organizações
Como Citar
Resistência e contra-resistência-organizada em espaços de conflitos: uma etonografia com trabalhadores da Embraer. (2017). Revista De Administração, 52(4), 392-402. https://doi.org/10.1016/j.rausp.2016.06.018