Governança corporativa embutida nas escrituras de debêntures emitidas no Brasil

Autores

  • Richard Saito Fundação Getulio Vargas; Escola de Administração de Empresas de São Paulo; Departamento de Contabilidade, Finanças e Controladoria
  • Hsia Hua Sheng FGV; EAESP
  • Márcia Lima Bandeira Fundação Getulio Vargas; Escola de Administração de Empresas de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0080-21072007000300002

Palavras-chave:

debêntures, Brasil, governança corporativa

Resumo

A emissão de debêntures tem sido uma das principais fontes de financiamento de médio e longo prazos no Brasil. Neste artigo, analisa-se como as cláusulas das escrituras de emissão de debêntures têm sido utilizadas para mitigar os custos de agência entre acionistas e debenturistas. Os dados incluem 119 escrituras de debêntures emitidas entre 1998 e 2001 e 141 emitidas entre 2002 e 2005 no Brasil. Busca-se verificar se os investidores exigem cláusulas restritivas nas escrituras. Comparando-se com os estudos anteriores de Anderson (1999) e de Filgueira e Leal (2001), foram encontradas evidências empíricas de que: houve maior número de debêntures emitidas sem indexação à inflação, mas com taxa flutuante para atender às exigências do mercado; não existiram grandes mudanças no prazo de emissão; houve cláusulas menos restritivas em relação às ações de distribuição e de financiamento adicional; e houve cláusulas mais restritivas em relação à mudança de controle e de não-constituição de garantias reais. Existe evidência empírica de que o papel do patrocinador pode reduzir riscos assumidos pelos debenturistas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2007-09-01

Edição

Seção

Estudos sobre Governança

Como Citar

Governança corporativa embutida nas escrituras de debêntures emitidas no Brasil. (2007). Revista De Administração, 42(3), 280-292. https://doi.org/10.1590/S0080-21072007000300002