Análise do risco sistemático multi-escalar no mercado financeiro do Brasil

Autores

  • Adriana Bruscato Bortoluzzo Instituto de Ensino e Pesquisa
  • Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi Insper Instituto de Ensino e Pesquisa
  • Bruno Caio Fernando Passos Instituto de Ensino e Pesquisa

DOI:

https://doi.org/10.5700/rausp1143

Resumo

Neste trabalho, é analisado se a relação entre risco e retorno prevista pelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) é válida no mercado brasileiro de ações, com base na decomposição discreta de ondaletas em diferentes escalas de tempo. Essa técnica permite analisar a relação em diferentes horizontes de tempo, desde o curto prazo (2 a 4 dias) até o longo prazo (64 a 128 dias). Os resultados apontam que entre os anos de 2004 e 2007 há uma relação negativa ou nula entre risco sistemático e retorno para o Brasil. Como o retorno excedente médio da carteira de mercado em relação ao ativo livre de risco no período foi positivo, seria esperado que essa relação fosse positiva, ou seja, que um maior risco sistemático resultasse em um maior retorno excedente, o que não ocorreu. Portanto, não se observou nesse período uma remuneração adequada pelo risco sistemático no mercado brasileiro. As escalas que apresentaram a relação risco e retorno mais significativas foram as três primeiras, correspondendo a horizontes de mais curto prazo. Em outras palavras, ao se tratar diferentemente ano a ano e, em consequência, separar prêmios positivos e negativos, encontra-se em alguns anos alguma relevância na relação risco retorno prevista pelo CAPM, mas que não persiste ao longo de todos os anos. Portanto, não há evidência suficientemente forte de que o apreçamento dos ativos segue o modelo.

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Publicado

2014-06-01

Edição

Seção

Finanças & Contabilidade

Como Citar

Análise do risco sistemático multi-escalar no mercado financeiro do Brasil . (2014). Revista De Administração, 49(2), 240-250. https://doi.org/10.5700/rausp1143