Análise da escolha das estruturas de governança em vinícolas brasileiras - estudos de casos em 3 vinícolas

Autores

  • Kassia Watanabe Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Mark Wever Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Rúbia Nara Rinaldi Leão de Sousa Universidade de São Paulo
  • Claudia Cheron Koenig Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5700/rausp1221

Resumo

A decisão da melhor estrutura de governança adotada pelas empresas tem sido objeto de estudo de diversas vertentes teóricas, muitas vezes, dissociadas. Assim, este estudo pretende contribuir para a compreensão dos múltiplos fatores que influenciam nas decisões de governança da empresa, a partir dos argumentos da Economia dos Custos de Transação; da Visão Baseada em Recursos e da Teoria dos Direitos de Propriedade. Para identificar alguns desses fatores, foram analisados ​​três casos na indústria do vinho brasileiro: Miolo, localizada no Vale dos Vinhedos (Sul do Brasil) e no Vale do Rio São Francisco (Nordeste do Brasil); Don Laurindo, localizada no Vale dos Vinhedos; e a Vinibrasil, localizada no Vale do Rio São Francisco. A maioria das vinícolas estudadas produz as uvas utilizadas na produção de vinho. Apenas a Miolo compra uma quantidade insignificante de uvas fora de sua produção. É importante observar que no Brasil, a produção de uva nestas regiões tem uma longa tradição e não é difícil comprar uma quantidade suficiente de uvas destinadas à produção de vinho. Identificou-se que a qualidade das uvas é fácil de ser medida e o custo de compra no mercado é mais barato do que a produção própria. Porém, as vinícolas argumentam que produzem a própria uva para garantir a qualidade das uvas e, consequentemente, do vinho produzido. Entretanto, o nível de especificidade dos ativos presentes na transação entre produtor de uva e vinícola parece, por si só, insuficiente para justificar o uso de forma de governança hierárquica. Assim, o objetivo do artigo é analisar as razões pelas quais essas vinícolas, em grande parte, dependem da forma de governança hierárquica para adquirir suas uvas. O que explica o uso de governança hierárquica, uma vez que tanto a especificidade de ativos como os problemas de mensuração parecem relativamente baixos?

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2016-03-01

Edição

Seção

Estratégia & Economia de Empresas

Como Citar

Análise da escolha das estruturas de governança em vinícolas brasileiras - estudos de casos em 3 vinícolas . (2016). Revista De Administração, 51(1), 20-35. https://doi.org/10.5700/rausp1221