Porfirias agudas: aspectos laboratoriais

Autores

  • Carlos André Prauchner Centro de Ciências Naturais e Exatas
  • Tatiana Emanuelli Universidade Federal de Santa Maria; Centro de Ciências Rurais; Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322002000300002

Palavras-chave:

Porfirias agudas, Ácido 5-aminolevulínico, Porfirinas, Porfobilinogênio, Mutações

Resumo

As porfirias são causadas por deficiência parcial de uma das enzimas da via de biossíntese do heme, caracterizando-se por disfunções neuroviscerais bastante semelhantes. As porfirias agudas são decorrentes da deficiência das enzimas delta-aminolevulinato desidratase (ALAD), porfobilinogênio desaminase, coproporfirinogênio oxidase ou protoporfirinogênio oxidase, que provocam, respectivamente, porfiria por deficiência da ALAD, porfiria aguda intermitente, coproporfiria hereditária e porfiria variegada. Todas as porfirias agudas caracterizam-se por um aumento na concentração de ácido 5-aminolevulínico no plasma e no líquor, acompanhado de um aumento na excreção urinária deste composto. Dependendo do tipo de porfiria aguda que acomete o paciente, podem ser observados ainda aumentos na excreção urinária de outros precursores porfirínicos e mesmo de porfirinas. Os casos de porfirias agudas podem ser detectados pela dosagem de porfirinas e seus precursores na urina, sangue e fezes. A triagem das famílias portadoras é importante para detectar casos latentes, pois a expressão clínica da doença geralmente está ligada a fatores ambientais ou adquiridos que provocam os ataques agudos. A identificação de portadores pode ser realizada através da determinação da atividade das enzimas da via de biossíntese do heme no sangue e mais recentemente através da análise do DNA.

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Publicado

2002-09-01

Edição

Seção

Trabalhos de Revisão

Como Citar

Porfirias agudas: aspectos laboratoriais. (2002). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 38(3), 249-257. https://doi.org/10.1590/S1516-93322002000300002