O papel da clorofila na alimentação humana: uma revisão

Autores

  • Ursula Maria Lanfer-Marquez Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas; Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322003000300003

Palavras-chave:

Clorofila, Alimentação humana, Degradação, Absorção, Efeitos biológicos, Fitol

Resumo

Os eventuais efeitos biológicos benéficos da clorofila, presente em alimentos, suscitam polêmica e dúvidas entre os consumidores. As informações divulgadas nos meios de comunicação que atribuem à molécula da clorofila numerosos efeitos terapêuticos, quase miraculosos, se contrapõem à falta de aprovação dessas atribuições pela comunidade científica. Tornar disponíveis os resultados das pesquisas mais recentes sobre o assunto e analisar criticamente esses dados foi o objetivo desta revisão. São discutidos os mecanismos de degradação da clorofila durante a senescência, armazenamento e processamento de vegetais, bem como no processo digestivo, considerando que os produtos de degradação podem diferir em cada caso. Avalia-se a importância da modificação estrutural da clorofila tendo em vista possíveis atividades antioxidantes, antimutagênicas e quimiopreventivas. Infelizmente, não há evidências fortes o suficiente que possam ser consideradas conclusivas quanto ao retardo ou prevenção de doenças pela clorofila. Contudo, a variedade de hipóteses, embora algumas muito distantes de serem comprovadas em humanos, levantam estratégias para dar continuidade às investigacões. Sugere-se, ainda, que sejam conduzidos estudos relativos à atividade biológica do fitol, uma vez que existem evidências que esta molécula, na sua forma livre, pode ser absorvida para a corrente sanguínea e exercer importantes funções no metabolismo lipídico e na regulação de processos metabólicos.

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Publicado

2003-09-01

Edição

Seção

Trabalhos de Revisão

Como Citar

O papel da clorofila na alimentação humana: uma revisão. (2003). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 39(3), 227-242. https://doi.org/10.1590/S1516-93322003000300003