Estudo da utilização de polissacarídeos no desenvolvimento de formulações de liberação prolongada: goma de semente de algaroba, goma xantana e quitosano

Autores

  • Carlos César dos Santos Nogueira Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Farmácia
  • Lúcio Mendes Cabral Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Farmácia
  • Tereza Cristina dos Santos Fundação e Instituto Osvaldo Cruz; Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde
  • Antonio Marucci Universita La Sapenza; Departamento di Studi di Chimica e Tecnologia delle Sostanze Biologicamente Attive
  • Franco Alhaique Universita La Sapenza; Departamento di Studi di Chimica e Tecnologia delle Sostanze Biologicamente Attive

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322003000300007

Palavras-chave:

Goma de Semente de Algaroba (GSA), Quitosano, Goma Xantana, Matrizes hidrofílicas, Reações de ligação cruzada, Formas orais de liberação prolongada

Resumo

O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de novos sistemas de matrizes hidrofílicas através da formação de ligações cruzadas (cross-linking) entre a Goma da Semente da Algaroba (GSA), uma galactomanana que ocorre no endosperma das sementes de uma árvore nativa do Brasil, a Prosopis juliflora DC, e dois polissacarídeos bem conhecidos pela sua habilidade de retardar a liberação de fármacos, quitosano e goma xantana, visando a utilização das novas substâncias na preparação de formas orais de liberação prolongada. O estudo iniciou com a avaliação da funcionalidade GSA como matriz hidrofílica. A seguir, iniciamos o estudo do perfil de absorção de água dos polímeros envolvidos (GSA, Quitosana e goma xantana), nos seguintes meios: água, SGF e SIF. Na etapa seguinte, procuramos pelo melhor agente formador de ligação cruzada, entre os dois encontrados em literatura, glutaraldeído (GA) e hexametilenodiisocianato (HMDI). Sendo que a GA se apresentou como o melhor agente pelos resultados apresentados. O próximo passo foi a preparação e avaliação de novas matrizes hidrofílicas de GSA_Quitosana e GSA_Goma Xantana, com proporções diferentes, 1:1, 1:2 e 2:1. Finalmente, após a escolha do sistema hidrofílico que apresentou os melhores resultados, utilizando as ferramentas estatísticas, investigamos o mecanismo de controle da liberação do fármaco modelo. Por fim concluímos que a melhor combinação de polissacarídeos foi conseguida com a GSA e a goma xantana, na proporção de 1:2, utilizando solução de glutaraldeído como agente de formação de ligação cruzada. Esta nova matriz apresentou cinética de ordem zero, que é fundamental em uma substância a ser utilizada em formulações orais sólidas de liberação prolongada.

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Publicado

2003-09-01

Edição

Seção

Trabalhos Originais

Como Citar

Estudo da utilização de polissacarídeos no desenvolvimento de formulações de liberação prolongada: goma de semente de algaroba, goma xantana e quitosano. (2003). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 39(3), 273-288. https://doi.org/10.1590/S1516-93322003000300007