Preparações radiofarmacêuticas e suas aplicações

Autores

  • Rita Oliveira Universidade do Porto; Faculdade da Farmácia
  • Delfim Santos Universidade do Porto; Faculdade da Farmácia
  • Domingos Ferreira Universidade do Porto; Faculdade da Farmácia
  • Pedro Coelho Universidade do Porto; Faculdade da Farmácia
  • Francisco Veiga Universidade de Coimbra; Faculdade de Farmácia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322006000200002

Palavras-chave:

Radiofármaco, Radionuclídeo, Diagnóstico, Terapêutica

Resumo

Os radiofármacos são compostos, sem ação farmacológica, que têm na sua composição um radionuclídeo e são utilizados em Medicina Nuclear para diagnóstico e terapia de várias doenças. Para aplicações de diagnóstico em Medicina Nuclear utilizam-se radiofármacos que apresentam na sua constituição radionuclídeos emissores de radiação gama ou emissores de pósitrons (beta+), já que o decaimento destes radionuclídeos dá origem a radiação eletromagnética penetrante, que consegue atravessar os tecidos e pode ser detectada externamente. Os radiofármacos para terapia devem incluir na sua composição um radionuclídeo emissor de partículas ionizantes (;a , b;- ou elétrons Auger), pois a sua ação se baseia na destruição seletiva de tecidos. Existem dois métodos tomográficos para aquisição de imagens em Medicina Nuclear: o SPECT (Tomografia Computarizada de Emissão de Fóton Único), que utiliza radionuclídeos emissores gama (99mTc, 123I, 67Ga, 201Tl) e o PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons), que usa radionuclídeos emissores de pósitrons ( 11C, 13N, 15O, 18F). Os radiofármacos podem ser classificados em radiofármacos de perfusão (ou 1ª geração) e radiofármacos específicos (ou 2ª geração). Os radiofármacos de perfusão são transportados no sangue e atingem o órgão alvo na proporção do fluxo sanguíneo. Os radiofármacos ditos específicos contêm molécula biologicamente ativa, que se liga a receptores celulares e que deve manter a sua bioespecificidade mesmo após ligação ao radionuclídeo. Assim, nestes radiofármacos, a fixação em tecidos ou órgãos é determinada pela capacidade da biomolécula de reconhecer receptores presentes nessas estruturas biológicas. As preparações radiofarmacêuticas são obtidas prontas para uso, em kits frios ou em preparações autólogas. De acordo com o tipo de preparação, existe um processo de controle de qualidade próprio. A maior parte dos radiofármacos em uso clínico corresponde a agentes de perfusão. Atualmente, o esforço de investigação na área da química radiofarmacêutica centra-se no desenvolvimento de radiofármacos específicos que possam fornecer informação, ao nível molecular, relativa às alterações bioquímicas associadas às diferentes patologias.

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Publicado

2006-06-01

Edição

Seção

Revisões

Como Citar

Preparações radiofarmacêuticas e suas aplicações. (2006). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 42(2), 151-165. https://doi.org/10.1590/S1516-93322006000200002