Disposição cinética do atenolol em pacientes coronarianos submetidos a revascularização do miocárdio

Autores

  • Fátima da Silva Leite Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Andreia Zago Chignalia Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Maria José Carvalho Carmona HCFMUSP; Instituto do Coração
  • José Otávio Costa Auler Junior HCFMUSP; Instituto do Coração
  • Silvia Regina Cavani Jorge Santos Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322006000200006

Palavras-chave:

Atenolol, Farmacocinética, Revascularização do miocárdio (RM), Circulação extracorpórea (CEC)

Resumo

A isquemia miocárdica é um importante fator de risco para a mortalidade e eventos cardiovasculares no perioperatório de cirurgias cardíacas e não-cardíacas, sendo que a administração profilática de beta-bloqueadores nesse período, reduz estes riscos. Sabe-se que alterações fisiológicas ocorridas durante a cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) com circulação extracorpórea (CEC) podem afetar as concentrações plasmáticas e a cinética de muitos fármacos. Neste estudo, investigou-se a farmacocinética do atenolol em pacientes com angina instável e sem prejuízo renal, submetidos à revascularização com CEC e em terapia crônica com atenolol peroral. O estudo farmacocinético exigiu coleta de amostras sangüíneas seriadas após as doses pré- e pós-operatória. Comparado ao pré-operatório, registrou-se redução não significativa no volume de distribuição e na depuração plasmática após a cirurgia, permanecendo inalterada a meia-vida biológica (p>;0,05). Uma correlação linear negativa entre meia-vida e depuração pode ser estabelecida nos dois períodos do estudo (r: -0,77, p= 0,06 no pré-operatório e r: -0,89, p= 0,06 no pós-operatório), enquanto que se estimou correlação linear direta entre volume de distribuição e meia-vida biológica apenas no pré-cirúrgico (r: 0,54, p= 0,03 no pré-operatório e r: 0,09, p= 0,03 no pós-operatório). Conclui-se que a cirurgia de revascularização auxilia no restabelecimento da extensão da distribuição do atenolol.

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Publicado

2006-06-01

Edição

Seção

Trabalhos Originais

Como Citar

Disposição cinética do atenolol em pacientes coronarianos submetidos a revascularização do miocárdio. (2006). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 42(2), 215-221. https://doi.org/10.1590/S1516-93322006000200006