Atividade antinociceptiva e estudo toxicológico de extrato aquoso de Egletes viscosa Lessa (Asteraceae)

Autores

  • Adriano Antunes S. Araújo Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Fisiologia
  • Leonardo Rigoldi Bonjardim Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Fisiologia
  • Érica M. Mota Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Fisiologia
  • Ricardo Luiz C. Albuquerque-Júnior Instituto de Tecnologia e Pesquisa; Laboratório de Morfologia e Biologia Estrutural
  • Charles dos Santos Estevam Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Fisiologia
  • Luzia Cordeiro Instituto de Tecnologia e Pesquisa; Laboratório de Morfologia e Biologia Estrutural
  • Sérgio Ricardo S. Seixas Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
  • Josemar Sena Batista Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Fisiologia
  • Lucindo José Quintans-Júnior Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Fisiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322008000400018

Palavras-chave:

Egletes viscosa^i2^sfarmacogno, Egletes viscosa^i2^sestudo experimen, Egletes viscosa^i2^sefeito antinocicepit, Triagem fitoquímica

Resumo

Egletes viscosa Less (Asteraceae), popularmente conhecida como "macela" ou "macela-da-terra", é uma planta largamente usada na medicina popular devido as suas propriedades: anti-inflamatória, bactericida, antidiarréica, mio-relaxante, anti-espasmódica, antinociceptiva, digestiva e anti-viral. Análise fitoquímica do extrato aquoso da Egletes viscosa (AEEV) mostrou elevada presença de flavonóides. Este estudo examinou o potencial antinociceptivo do AEEV em roedores usando diferentes concentrações (100, 200 and 400 mg/kg, p.o.). Os resultados mostraram significante efeito antinociceptivo quando testadas as doses (200 mg/kg-p<0.01; 400 mg/kg-p<0.05) e na segunda fase dos testes com formalina (200 and 400 mg/kg-p<0.001). Este efeito antinociceptivo foi similar ao ácido acetilsalicílico (300 mg/kg) nas doses de 200 e 400 mg/kg. Adicionalmente, estas observações sugerem que o AEEV é efetivo contra dores inflamatórias contínuas. AEEV foi bem tolerada. No teste de toxicidade aguda, utilizando uma administração oral de 5 g/kg de AEEV, não foi observado casos de mortalidade. Da mesma maneira, no estudo subcrônico nenhuma mortalidade foi observada após 30 dias de administração oral diária de 100 mg/kg do AEEV. Não houve diferença significativa entre os pesos corporal e dos órgãos isolados quando comparados grupo controle e teste tanto no estudo agudo quanto subcrônico. Ensaios histopatológicos não revelaram diferenças entre a aparência dos tecidos, assim como na estrutura celular dos órgãos dos animais do estudo agudo e subcrônico. No entanto, diferenças significativas foram verificadas entre os machos do grupo experimental e controle quanto à hemoglobina e leucócitos. Conclui-se que o extrato estudado não induziu nenhum risco na maioria dos parâmetros avaliados e, ainda, mostrou efeito antinociceptivo. No entanto, o aumento dos níveis de hemoglobina e leucócitos devem ser melhor investigados.

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Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Trabalhos Originais

Como Citar

Atividade antinociceptiva e estudo toxicológico de extrato aquoso de Egletes viscosa Lessa (Asteraceae). (2008). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 44(4), 707-715. https://doi.org/10.1590/S1516-93322008000400018