Tempo sentado e desempenho motor em idosos longevos

Autores

  • Lucélia Justino Borges Universidade Federal do Paraná
  • Renata da Conceição Universidade Federal de Santa Catarina
  • Vandrize Meneghini Universidade Federal de Santa Catarina
  • Tiago Rosa de Souza Universidade Federal de Santa Catarina
  • Aline Rodrigues Barbosa Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509201800010017

Palavras-chave:

Tempo sentado, Envelhecimento, Estilo de vida sedentário, Desempenho motor, Estudos de tempo e movimento

Resumo

Objetivou-se verificar o desempenho motor e o tempo sentado, bem como a associação entre essas variáveis em idosos longevos, residentes em um município do sul do Brasil. Estudo transversal e de base domiciliar, realizado em 2010 com idosos de 80 anos ou mais. O desempenho motor foi avaliado pelos testes: “sentar e levantar” e “agachar e pegar o lápis” (avaliados por tempo) e “equilíbrio” (quatro medidas de equilíbrio estático). A avaliação do tempo gasto sentado foi realizada por questionário. Os resultados mostraram que mulheres dos grupos etários mais jovens apresentaram melhores resultados nos testes de desempenho motor. Os homens tiveram bons resultados nos testes, independente do grupo etário (exceto para o grupo 95-100 anos). Para as mulheres, o tempo médio no teste “sentar e levantar” diminuiu com o avanço da idade, observando o contrário para os homens. Homens e mulheres tiveram resultados semelhantes para o teste “agachar e pegar o lápis”. A média diária do tempo sentado aumentou com o avanço da idade. Após o ajuste para sexo, idade e número de morbidades, a média do tempo sentado diário foi, aproximadamente, 52 minutos menor para os idosos com melhor equilíbrio (β -52,6; p=0,001) e 35 minutos menor (β -35,8; p=0,001) para os idosos com melhor desempenho no teste “sentar e levantar”. Homens e mulheres diferem quanto ao declínio nos testes de desempenho motor. Os resultados sugerem que, em idosos longevos, o maior tempo sentado é limitante para o bom desempenho nos testes.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntese dos indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira [Internet]. Rio de Janeiro; 2013 [cited 2014 Sep 28]. Available from: https://bit.ly/2oFgIKP.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo [Internet]. Rio de Janeiro; 2011 [cited 2014 Sep 28]. Available from: https://bit.ly/2kwSUnv.

Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN. Functional limitations of brazilian elderly by age and gender differences: data from SABE Survey. Cad. Saúde Pública. 2005;21(4):1177-85.

Santos JLF, Lebrão ML, Duarte YAO, Lima FDL. Functional performance of the elderly in instrumental activities of daily living: an analysis in the municipality of São Paulo, Brazil. Cad. Saúde Pública. 2008; 24(4):879-86.

Buchner DM. Physical activity to prevent or reverse disability in sedentary older adults. Am J Prev Med. 2003;25(3 Suppl 2)214-5.

Seguin R, La Monte M, Tinker L, Liu J, Woods N, Michael YL, et al. Sedentary behavior and physical function decline in older women: findings from the Women’s Health Initiative. J Aging Res; 2012:1-10.

van Uffelen JGZ, Heesch KC, Hill RL, Brown WJ. A qualitative study of older adults’ responses to sitting-time questions: do we get the information we want? BMC Public Health. 2011;11:458.

Suzuki CS, Moraes SA, Freitas ICM. Média diária de tempo sentado e fatores associados em adultos residentes no município de Ribeirão Preto-SP, 2006: Projeto OBEDIARP. Rev Bras Epidemiol. 2010;13(4):699-712.

Monego EA; Barbosa AR. Factors associated with daily sitting time in a rural community-dwelling of older adults from southern Brazil. Rev Bras Ativ Fis e Saúde. 2014;19(3):371-81.

Confortin SC, Barbosa AR, Danielewicz AL, Meneghini V, Testa W. Motor performance

of elderly in a community in southern Brazil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2013;15(4):417-26.

Albala C, Lebrão ML, León-Díaz EM, Ham-Chande R, Hennis AJ, Palloni A, et al. Encuesta Salud, Bienestar y Envejecimiento (SABE): metodología de la encuesta y perfil de la

población estudiada. Rev Panam Salud Publica. 2005;17(5/6):307-22.

Guranilk JM, Ferruci L. Assessing the building blocks of function: utilizing measures of functional limitation. Am J Prev Med. 2003;25(3 Suppl 2):112-21.

Reuben DB, Siu AL. An objective measure of physical function of elderly outpatients: the

physical performance test. J Am Geriatr Soc. 1990;38(10):1105-12.

Craig CL, Marshall AL, Sjöström M, Bauman AE, Booth ML, Ainsworth BE, et al. International physical activity questionnaire: 12-country reliability and validity. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(8):1381-95.

Bertolucci PHF, Brucki SMD, Capacci SR, Juliano Y. The mini-mental state examination in an outpatient population: influence of literacy. Arq Neuro-Psiquiatr. 1994;52(1):1-7.

Orfila F, Ferrer M, Lamarca R, Tebe C, Domingo-Salvany A, Alonso J. Gender differences in health-related quality of life among the elderly: The role of objective functional capacity and chronic conditions. Soc Sci Med. 2006;63(9):2367-80.

Tanaka H, Seals DR. Age and gender interactions in physiological functional capacity: insight from swimming performance. J Appl Physiol. 1997;82(3):846-51.

Abegunde DO, Mathers CD, Adam T, Ortegon M, Strong K. The burden and costs of chronic diseases in low-income and middle-income countries. Lancet. 2007;370(9603):1929-38.

Rodrigues-Barbosa A, Miranda LM, Vieira-Guimarães LM, Xavier-Corseuil H, Weber-Courseuil M. Age and gender differences regarding physical performance in the elderly from Barbados and Cuba. Rev Salud Pública (Bogotá). 2011;13(1):54-66.

Pinheiro PA, Passos TD’EO, Coqueiro RS, Fernandes MH, Barbosa AR. Motor performance of the elderly in northeast Brazil: differences with age and sex. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(1):125-33.

Evenson KR, Buchner DM, Morland KB. Objective measurement of physical activity and sedentary behavior among U.S. adults aged 60 years or older. Prev Chronic Dis. 2012;9, 1-10.

Matthews CE, Chen KY, Freedson PS, Buchowski MS, Beech BM, Pate RR, et al. Amount of time spent in sedentary behaviors in the United States, 2003-2004. Am J Epidemiol. 2008;167(7):875–81.

Thorp AA, Healy GN, Owen N, Salmon J, Ball K, Shaw JE, et al. Deleterious associations of sitting time and television viewing time with cardiometabolic risk biomarkers: Australian diabetes, obesity and lifestyle (AusDiab) study 2004-2005. Diabetes Care. 2010;33(2):327-34.

Bauman A, Ainsworth BE, Sallis JF, Hagströmer M, Craig CL, Bull FC, et al. The descriptive epidemiology of sitting: a 20-country comparison using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Am J Prev Med. 2011;41(2):228-35.

Downloads

Publicado

2018-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Tempo sentado e desempenho motor em idosos longevos. (2018). Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 32(1), 17-24. https://doi.org/10.11606/1807-5509201800010017