Concepções de treinadores "experts" Brasileiros sobre o processo de formação desportiva do jogador de voleibol

Autores

  • Michel Milistetd Universidade do Porto; Faculdade de Desporto
  • Isabel Mesquita Universidade do Porto; Faculdade de Desporto
  • Juarez Vieira do Nascimento Universidade Federal de Santa Catarina
  • António Evanhoé Pereira de Sousa Sobrinho Universidade do Porto; Faculdade de Desporto

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1807-55092010000100008

Palavras-chave:

Treinadores, Formação desportiva, Voleibol

Resumo

O presente estudo teve como objetivo examinar a concepção de treinadores experts acerca das etapas de formação desportiva a longo prazo do jogador de Voleibol. A amostra do estudo foi composta por 10 treinadores "experts" brasileiros. Os sujeitos apresentaram idade média de 45 ± 13,8 anos e 24,8 ± 12,1 anos de experiência profissional, sendo todos licenciados em Educação Física. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada e de resposta aberta, baseada no protocolo de Fernandes (2004). A sua adaptação de conteúdo à realidade sócio-cultural e desportiva brasileira foi efetivada pelo método de peritagem. O tratamento das informações foi realizado por meio da análise de conteúdo, com o recurso à interpretação lógico-semântico das ideias prevalecentes no "corpus" das entrevistas. A fidedignidade de codificação foi assegurada pela percentagem de acordos, para o mesmo codificador e codificadores distintos, situando-se os valores registrados entre 95% e 100%. Os resultados revelaram o desconhecimento, por parte dos investigados, acerca da existência de um modelo de formação desportiva do voleibolista, a longo prazo, no Brasil. Além de confirmarem que o Voleibol é uma modalidade de especialização tardia, os participantes do estudo apontam que a idade de iniciação da sua prática sistemática se situa no início da adolescência, por volta dos 13 anos. As componentes de desenvolvimento desportivo acentuam a prática do jogo deliberado na primeira etapa, onde as experiências motoras diversificadas prevalecem. A partir da segunda etapa aumenta a prática deliberada, com o incremento da aquisição de competências específicas e o comprometimento com a modalidade. A ausência de especificação dos conteúdos de treino ao longo das etapas, bem como a parca referência às competências psico-sociais pode dever-se, em grande medida, à possível inexistência de um modelo nacional referenciador da formação desportiva a longo prazo do jogador de Voleibol.

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Publicado

2010-03-01

Edição

Seção

naodefinida

Como Citar

Concepções de treinadores "experts" Brasileiros sobre o processo de formação desportiva do jogador de voleibol . (2010). Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 24(1), 79-93. https://doi.org/10.1590/S1807-55092010000100008