Treinamento de força com pré-ativação muscular antagonista em idosos: um ensaio clínico controlado e randomizado

Autores

  • Francisco Ronaldo Caliman Filho Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Reabilitação, Brasília, DF, Brasil.
  • Sacha Clael Rodrigues Rego Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física, Brasília, DF, Brasil.
  • Lídia Mara Aguiar Bezerra de Melo Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física, Brasília, DF, Brasil.
  • Sandro Nobre Chaves Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física, Brasília, DF, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37175141

Palavras-chave:

Treino resistido, Pré-ativação muscular, Força, Desempenho funcional em idosos

Resumo

O estudo teve como objetivo verificar e comparar os efeitos do treinamento de força (TF) controlado com pré-ativação muscular antagonista, durante 16 sessões, sobre a força muscular de membros inferiores e no desempenho funcional em idosos sedentários. Foram selecionados 56 idosos, de ambos os sexos, com média de 66,5 ± 4,5 anos. Os participantes foram divididos em 3 grupos: TF1 n=17, TF2 n=18 e GC n=21. Foram mensurados o índice de massa corpórea (IMC), percentual de gordura (%G) e os testes de força de 1 repetição máxima do quadríceps femoral (FQF), de sentar e levantar na cadeira, o Timed Up and Go (TUG) e a caminhada de seis minutos. O estudo demonstrou que o teste de 1RM não foram encontradas diferenças estaticamente significativa intergrupo no momento pré-intervenção, porém no momento pós-intervenção foram encontradas diferenças estatísticas significativas intergrupo. No teste 1RM quando comparados com o GC (TF1pré vs TF1pós – T = -3,746, p<0,001; TF2pré vs TF2pós - T = -3,537, p<0,001; GCpré vs GCpós - T = -3,753, p<0,001). Foi verificada diferença estatística significativa entre o grupo TF2 e GC TF2 e GC (H(2)= 6,276, p = 0,04 | U=96,5; z=-2,410, p=0,016). Para o teste sentar e alcançar, (TF1pré vs TF1pós – T = -3,337, p<0,001); TF2pré vs TF2s - T = -2,442, p=0,015) ; GCpré vs GCpós - T = -2,935, p=0,003). Para o teste de 6 minutos, na análise intergrupo, os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significativas no momento pré-intervenção. O treinamento de força com pré-ativação muscular antagonista em idosos melhora a força muscular e o desempenho funcional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Ferreira DCO, Yoshitome AY. Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados. Rev Bras Enferm. 2010;63(6):991-997.

Cruz HRM, et al. Treinamento de força e atividade de vida diárias-AVDS em idosos. Rev ENAF Sci. 2016;11(1):146.

Ratamess NA, Alvar BA, Evetoch TK, Housh TJ, Kibler WBWJK. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. J Sports Sci Med. 2009;41(3):687-708.

Kraemer WJ, Adams K, Cafarelli E, Dudley GA, Dooly C, Feigenbaum MS, et al. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2002;34(2):364-80.

American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara; 2007.

Deschenes MR, Giles JA, McCoy RW, Volek JS, Gomez AL, Kraemer WJ. Neural factors account for strength decrements observed after short-term muscle unloading. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2002;282(2):578-83.

Albino R, et al. Influência do treinamento de força muscular e de flexibilidade articular sobre o equilíbrio corporal em idosas. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2012;15(1):1725.

Rahimi R. Effect of different rest intervals on the exercise volume completed during squat bouts. J Sports Sci Med. 2005;4(4):361-6.

Willardson JM, Burkett LN. A comparison of 3 different rest intervals on the exercise volume completed during a workout. J Strength Cond Res. 2005;19(1):23-6.

Powers SK, Howley ET. Exercise physiology: theory and application to fitness and performance. New York, NY: McGraw-Hill. 2007. p. 303-308.

Mello RGB, Dalla Corte RR, Gioscia J, Moriguchi EH. Effects of physical exercise programs on sarcopenia management, dynapenia, and physical performance in the elderly: a systematic review of randomized clinical trials. J Aging Res. 2019:1959486. doi:10.1155/2019/1959486.

Kraemer WJ, Hakkinen K, Newton RU, Nindl BC, Volek JS, McCormick M, et al. Effects of heavy-resistance training on hormonal response patterns in younger vs. older men. J Appl Physiol. 1999;87(3):982-92.

Balsamo S, Tibana RA, Nascimento DC, Farias GL, Petruccelli Z, Santana Fdos S, Martins OV, Aguiar F, Pereira G, Souza JV, Prestes J. Exercise order affects the total training volume and the ratings of perceived exertion in response to a super-set resistance training session. Int J Gen. Med. 2012;5:123-7.

Gentil P. Bases científicas do treinamento de hipertrofia. Rio de Janeiro: SPRINT; 2005.

Pincivero DM, Campy RM. The effects of rest interval length and training on quadriceps femoris muscle. Part I: knee extensor torque and muscle fatigue. J Sports Med Phys Fitness. 2004;44(2):111-8.

Bellezza PA, Hall EE, Miller PC, Bixby WR. The influence of exercise order on blood lactate, perceptual, and affective responses. J Strength Cond Res. 2009;23(1):203-8.

Baker D, Newton RU. Acute effect on power output of alternating an agonist and antagonist muscle exercise during complex training. J Strength Cond Res. 2005;19(1):202-5.

Haider S, Grabovac I, Dorner TE. Effects of physical activity interventions in frail and prefrail community-dwelling people on frailty status, muscle strength, physical performance and muscle massa narrative review. Wien Klin Wochenschr. 2019;131(11-12):244-254.

Robbins DW, Young WB, Behm DG, Payne WR. The effect of a complex agonist and antagonist resistance training protocol on volume load, power output, electromyographic responses, and efficiency. J Strength Cond Res. 2010;24(7):1782-9.

Cruz HRM, et al. Treinamento de força e atividade de vida diárias-AVDS em idosos. Rev ENAF Sci. 2016;11(1):146.

Santos MLAS, Gomes WF, Queiroz BZ, Rosa NB, Pereira DS, Dias JMD, et al. Muscle performance, pain, stiffness and functionality in elderly women with knee osteoarthritis. Acta Ortop Bras. 2011;19(4):193-197.

Bottaro M, Ernesto C, Celes R, Farinatti PT, Brown LE, Oliveira RJ. Effects of age and rest interval on strength recovery. Int J Sports Med. 2010;31(1):22-5.

Oliveira MAP, Parente RCM. Entendendo ensaios clínicos randomizados. Bras J Video-Sur. 2010;3(4):176-180.

Lopes LCC, et al. Efeito de diferentes intensidades do treinamento de força intradialítico sobre a massa muscular e capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes em hemodiálise: ensaio clínico randomizado [dissertação]. Goiânia (GO): Universidade Federal de Goiás; 2016.

Mariano ER, Navarro F, Sauaia BA, Oliveira JNS, Marques RF. Força muscular e qualidade de vida em idosas. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013;16(4):805-811. doi 10.1590/S1809-98232013000400014.

Carregaro R, Cunha R, Oliveira CG, Brown LE, Bottaro M. Muscle fatigue and metabolics responses following three different antagonist pre-load resistance exercises. J Electromyogr Kinesiol. 2013. doi.org/10.1016/j. jelekin2013.04.010.

Cunha R, Carregaro RL, Martorelli A, Vieira A, Oliveira AB, Bottaro M. Effects of short-term isokinetic training with reciprocal knee extensors agonist and antagonist muscle actions: a controlled and randomized trial. Rev Bras Fisiot. 2013;17(2).

Brown LE, Weir JP. ASEP Procedures recommendation I: accurate assessment of muscular strength and power. J Exerc Physiol. 2001;4:1-21.

Rikli R, Jones C.Functional fitness normative scores for community-residing older adults, ages 60-94. J Aging Phys Act. 1999;7(2):162-181.

Podsiadlo D, Richardson S. The Timed “Up & Go”: a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc.1999;39:142-8.

Oliveira VCS, Furtado F. Instrumentos de avaliação do equilíbrio e mobilidade funcional entre idosos brasileiros ativos sem e com baixo risco para quedas. In: V Simpósio de Pesquisa e Inovação/IV Seminário de Iniciação Científica do IF Sudeste MG-Câmpus Barbacena. 2014;1(1).

Britto RR, Sousa LAP. Teste de caminhada de seis minutos uma normatização brasileira. Fisioterapia Mov. 2017;19(4).

Souza B, Ewertton, et al. Variabilidade da carga no teste de 10RM em indivíduos treinados. Rev Bras Prescrição Fisiologia Exerc. 2011;3(18).

Parcell AC, Sawyer RD, Tricoli VA, Chinevere TD. Minimum rest period for strength recovery during a common isokinetic testing protocol. Med Sci Sports Exerc. 2002;34(6):1018-22.

Field A. Descobrindo a estatística usando o SPSS. 2a ed. São Paulo: Bookman Editora; 2009.

Moreira MG. Efeitos de um programa de treino de força na capacidade funcional de um grupo de idosos [dissertação]. Porto(PT): Universidade do Porto, Faculdade do Desporto; 2014.

Benedetti TRB, Meurer ST, Borges LJ, Conceição R, Lopes MA, Morini S. Associação entre os diferentes testes de força em idosos praticantes de exercícios. Fit Perf J. 2010;9(1):52-57.

Mcardle WD, Katch FI, Katch VL. Exercise physiology: nutrition, energy, and human performance. 7a ed. Filadélfia: Lippincott Williams & Wilkins, 2010.

Robbins DW, Young WB, Behm DG, Payne WR. The effect of a complex agonist and antagonist resistance training protocol on volume load, power output, electromyographic responses, and efficiency. J Strength Cond Res. 2010;24(7):1782-1789. doi:10.1519/JSC.0b013e3181dc3a53.

Cardoso EA, Bottaro M, Rodrigues P, Rezende CB, Fischer T, Mota J, et al . Chronic effects of resistance exercise using reciprocal muscle actions on functional and proprioceptive performance of young individuals: randomized controlled trial. Rev bras cineantropom desempenho hum. 2014;16(6):618-628. doi.10.5007/1980-0037.2014v16n6p618.

Mancini M, Schlueter H, El-Gohary M, et al. Continuous monitoring of turning mobility and its association to falls and cognitive function: a pilot study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2016;71(8):1102-1108. doi:10.1093/gerona/glw019.

Vasconcelos RS, Souza SS, Carneiro VLR, Alves SC. Strength and ability to implement the activities of daily living in elderly resident in rural areas. Colomb Med (Cali). 2016;47(3):167-171.

Lippert LS, Minor MAD. Laboratory manual for Clinical Kinesiology and Anatomy. 4a ed. Austin: FA Davis; 2017.

Burke DG, Pelham TW, Holt LE. The influence of varied resistance and speed of concentric antagonistic contractions on subsequent concentric agonistic efforts. J Strength Cond Res. 1999;13(3):193-197.

Stone MH. Weight training: a scientific approach. 1984.

Downloads

Publicado

2023-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Caliman Filho, F. R., Rego, S. C. R., Melo, L. M. A. B. de, & Chaves, S. N. (2023). Treinamento de força com pré-ativação muscular antagonista em idosos: um ensaio clínico controlado e randomizado. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 37, e37175141. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37175141