Escala de percepção de esforço para criança (EPEC)

validação para o português em um teste submáximo

Autores

  • Renata Martins Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil
  • Renata Maba Gonçalves Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil
  • Rafaela Coelho Minsky Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil
  • Anamaria Fleig Mayer Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil; Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Camila Isabel Santos Schivinski Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil; Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509202000030513

Palavras-chave:

Reprodutibilidade, Jovem, Estresse, Tradução

Resumo

O objetivo do presente estudo é traduzir e validar, para a língua portuguesa do Brasil, a escala de percepção de esforço para crianças (EPEC). Para isto, toda a etapa de tradução da PES-C, da língua inglesa para a portuguesa (do Brasil), foi realizada com base no protocolo proposto por Guillemin et al.19. Para validação da escala, esta foi aplicada durante a realização do teste de caminhada de seis minutos (TC6). A validade da
EPEC foi avaliada com o uso do coeficiente de correlação de Pearson, para verificar o grau de associação com a escala de Borg. Para a estabilidade das respostas, calculou-se o erro padrão da média (EPM) e coeficiente de correlação intra-classe (ICC). Calculou-se o erro padrão da estimativa das medidas de percepção finais (EPE) de cada dia para analisar o grau de desvio dos dados obtidos. Para avaliação da fidelidade utilizouse o alpha de Cronbach, no sentido de se analisar a consistência interna deste instrumento. Neste estudo participaram do processo de validação da EPEC 36 crianças, com média de idade de 10±2,61 anos, sendo 50% de meninas. No cálculo do EPM, encontrou-se um valor de 0,05 para o primeiro dia e 0,03 no segundo dia, caracterizando uma variabilidade baixa. O EPE foi de 0,33 no primeiro dia e 0,41 no segundo dia, demonstrando um erro baixo. A consistência interna apresentou coefi ciente alfa de Cronbach de 0,865. A escala EPEC foi validada para a população de crianças brasileiras, demonstrando também ser reprodutível em testes submáximos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

1. Borg GAV. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc. 1982;14(5):377-81.
2. American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 3a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.
3. Rodríguez-Núñez I, Manterola C. Validación inicial de la escala de medición de esfuerzo percibido infantil (EPInfant) en niños chilenos. Biomédica. 2016; 36(1):29-38.
4. Nakamura FY, Gancedo MR, Silva LA, Lima JRP, Kokubun E. Utilização do esforço percebido na determinação da velocidade crítica em corrida aquática. Rev Bras Med Esporte. 2005;11(1):1-5.
5. Borg GAV, Noble BJ. Perceived exertion. Wilmore JH, editor. Exercise and sport sciences reviews. Acad Press. 1974;2(1):131-53.
6. Martins R, Assumpção MS, Schivinski CIS. Percepção de esforço e dispneia em pediatria: revisão das escalas e avaliação. Medicina (Ribeirão Preto). 2014;47(1):25-35.
7. Borg G. A category scale with ratio properties for intermodal and interindividual comparisons. In: Proceedings of the 22nd International Congress of Psychology; 1980. Berlin: VEB DeutscherVerlag der Wissenschaften. p. 25-34.
8. Granja JC, Paschoal MA. Relação entre o índice de percepção de esforço de Borg, nível 13 (ligeiramente cansativo), e a intensidade de esforço realizado por crianças eutróficas e obesas mórbidas. In: Anais do XV Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas; 2010.
9. Oliveira JSD, Campos TF, Borja RDO, Silva ROED, Freitas DAD, Oliveira LCD, Mendonça KMPPD. Análise do índice de percepção de esforço na avaliação das pressões respiratórias máximas em crianças e adolescentes. Rev Bras Cresc Desenvolv Hum. 2012;22(3):314-20.
10. O’Sulivan SB. Perceived Exertion: a review. Am Phys Th er. 1984;64(3):343-6.
11. Hommerding PX, Donadio MV, Paim TF, Marostica PJ. The Borg scale is accurate in children and adolescents older than 9 years with cystic fibrosis. Resp Care. 2010;55(6):729-33.
12. Rogers D, Prasad SA, Doull I. Exercise testing in children with cystic fi brosis. J R Soc Med. 2003;96(43):23-9.
13. Oliveira KMC, Macêdo TMF, Borja RO, Nascimento RA, Medeiros Filho WC, Campos TF et al. Força muscular respiratória e mobilidade torácica em crianças e adolescentes com leucemia aguda e escolares saudáveis. Rev Bras Cancerol. 2011;57(4):511-7.
14. Lima PB, Santoro IL, Caetano LB, Cabral ALB, Fernandes ALG. Desempenho de uma escala analógica visual legendada na determinação do grau de dispneia durante teste de broncoespasmo induzido por exercício em crianças e adolescentes asmáticos. J Bras Pneumol. 2010;36(5):532-538.
15. Williams JG, Eston R, Furlong B. CERT: A perceived exertion scale for young children. Percept Mot Skills. 1994;79(3f):1451-58.
16. Yelling M, Lamb KL, Swaine IL. Validity of a pictorial perceived exertion scale for effort estimation and effort production during stepping exercise in adolescent children. Eur Phys Educ Rev. 2002;8(2):157-75.
17. Robertson RJ, Goss FL, Boer NF, Peoples JA, Foreman AJ, Dabayebeh IM, Millich NB, Balasekaran G, Riechman SE, Gallagher JD, Thompkins T. Children’s OMNI scale of perceived exertion: mixed gender and race validation. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(10):452-58.
18. Simon S, Alison J, Dwyer G, Follett J. Validation of a perceived exertion scale for young children. In: Australian Physiotherapy Association-National Paediatric Conference; 2003.
19. Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32.
20. American Th oracic Society. ATS statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir Crit Care Med. 2002;166(1):111-17.
21. Rocha ES, Rosa GJ, Schivinski CIS. Nível de atividade física e funcional de crianças atletas. Rev Bras Cresc Desenvol Hum. 2014; 24(2):127-134.
22. Solé D, Vanna AT, Yamada E, Rizzo MCV, Naspitz CK. International study of asthma and allergies in childhood (ISAAC) written questionnaire: validation of the asthma component among Brazilian children. J Investig Allergol Clin Immunol. 1998;8(6):376-82.
23. Knudson RJ, Slatin RC, Lebowitz MD, Burrows B. Th e maximal expiratory flow-volume curves. Normal standards variability and effect of age. Am Rev Respir Dis. 1976;113(6):587-600.
24. Polgar GJ, Weng TR. The functional development of the respiratory system. Am Rev Respir Dis. 1979;120(3):625-95.
25. Puccini RF, Bresolin AMB. Dores recorrentes na infância e na adolescência. J Pediatr. 2003;79(1):S65-S76.
26. Miller MR, Hankinson J, Brusasco V, Burgos F, Casaburi R, Coates R, et al. ATS/ERS: Standardisation of spirometry. Europ Respir Soc. 2005;26(2):319-38.
27. Cavalcante TMC, Diccini S, Barbosa DA, Bittencourt ARC. Uso da escala modificada de Borg na crise asmática. Acta Paul Enferm. 2008;21(3):466-73.
28. Li AM, Yin J, Yu CCW, Tsang T, HK SO, Wong E, Chan D, Hon EKL, Sung R. Th e six-minute walk test in healthy children: reliability and validity. Europ Respir Soc. 2005;25(6):1057-1060.
29. Munro, B.H. Statistical methods for health care research. 3a. ed. New York: Lippincott Williams &Wilkins; 1997.
30. Landis JR, Koch GG. Th e measurement of observer agreement for categorical ata. Biometrics.1977;33:159-174.
31. Bland JM, Altman DG. Statistical methods for assessing agreement between two methods of clinical measurement. Lancet. 1986;327(8476):307-10.
32. Ribeiro JPL. Investigação e avaliação em psicologia e saúde. 1ª.ed. Lisboa: Climepsi Editores; 1999.
33. Costa GM, Dantas EHM, Marques MB, Novaes JF. Percepção subjetivo do esforço. Classifi cação do esforço percebido: proposta de utilização da escala de faces. Fit Perf J. 2004; 3(6): 306-309
34. Watanabe FT, Koch VHK, Juliani RCP, Cunha MT. Six-minute walk test in children and adolescents with renal diseases: tolerance, reproducibility and comparison with healthy subjects. Clinics. 2016; 71(1): 22-27.
35. Lang Chen Y, Chiou WK, Tzenq YT, Lu CY, Chen SC. A rating of perceived exertion scale using facial expressions for conveying exercise intensity for children and young adults. J Sci Med Sport. 2017; 20 (1): 66-9.
36. Hostyn SV, Werther BC, Johnston C, Braga JAP. Evaluation of functional capacity for exercise in children and adolescents with sickle cell disease through the Six Minute Walk Test. J Pediatr. 2013;89(6):588-594.
37. Gonçalves CG, Mesquita R, Hayashi D, Merli MF, Vidotto LS, Fernandes KB, Probst VS. Does the incremental shuttle walking test require maximal eff ort in healthy subjects of diff erent ages? Physiother. 2015; 101(2):141-6.
38. Pasquali L. Psychometrics. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43: 992-999.

Downloads

Publicado

2020-11-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Escala de percepção de esforço para criança (EPEC): validação para o português em um teste submáximo. (2020). Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 34(3), 513-522. https://doi.org/10.11606/1807-5509202000030513