Qualidade de vida e autoeficácia em atletas brasileiros de voleibol de rendimento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.v35i1p177-186Palavras-chave:
Qualidade de vida, Auto eficácia, EsporteResumo
Este estudo investigou a associação entre a qualidade de vida (QV) e a autoeficácia de atletas de voleibol de alto rendimento. Participaram da pesquisa 86 atletas de nível municipal, estadual e nacional. Como instrumentos foram utilizados a Escala de Auto Eficácia Geral Percebida e o Formulário Curto Para Pesquisa em Saúde (SF-36). Na análise dos dados, utilizou-se o teste de Kolmogorov Smirnov, Kurskal-Wallis, Friedman e Qui-quadrado (p<0,05). Os resultados evidenciaram que os atletas apresentaram boa QV, entretanto, não houve diferença signifi cativa em função do nível competitivo (p>0,05). Ao comparar a QV intragrupos, o domínio que mais se destacou em todos os grupos foi a capacidade funcional (p<0,05). Em relação à faixa etária, verificou-se que os atletas mais velhos apresentaram maior limitação por aspectos físicos em comparação aos adultos jovens (P<0,05), os quais por sua vez demonstraram menor QV em relação à dor em comparação com os jovens atletas (p<0,05). Os domínios de Vitalidade, Aspectos sociais e Limitação por aspectos emocionais da QV apresentaram associação com o alto nível de autoeficácia (p<0,05). Concluiu-se que o contexto de alto rendimento do voleibol brasileiro pode ser considerado um ambiente propulsor de QV para os atletas, além do que a autoeficácia é um elemento interveniente na QV de atletas de voleibol de alto rendimento.
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