Estudo no Atletismo brasileiro: estruturas físicas, equipamentos esportivos e objetivos para o esporte

Autores

  • André Felipe Caregnato Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil. Centro Universitário UniDomBosco, Curitiba, PR, Brasil.
  • Marcelo Moraes e Silva Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.
  • Camile Luciane da Silva Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.
  • Fernando Marinho Mezzadri Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.
  • Carlos Eduardo Gonçalves Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.
  • Sara Quenzer Matthiesen universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, Brasil.
  • Fernando Renato Cavichiolli Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.v35i2p229-247

Palavras-chave:

Atletismo, Estrutura física, Instituições esportivas, Instalações esportivas

Resumo

Este estudo, quanto aos fins, é de caráter quali-quantitativo e, quanto aos meios, utiliza-se de pesquisa documental para obtenção dos dados. Teve como objetivo geral identificar as estruturas físicas recentes do atletismo brasileiro, seus objetivos e a distribuição geográfica das principais entidades promotoras deste esporte entre os anos de 2013 e 2016. Informações documentais foram obtidas por meio de sites esportivos, governamentais. Conjuntamente, realizou-se um levantamento de dados no site da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) do ranking dos melhores atletas entre os anos de 2013 à 2016. A análise qualitativa foi realizada a partir dos preceitos do método Análise do Conteúdo de Bardin e a quantitativa,
através do programa IBM SPSS Statistics para Mac, versão 20.0. Fizeram parte deste levantamento, no período supracitado, 4203 atletas de atletismo e suas respectivas instituições. Os resultados apontaram que há uma concentração maior das estruturas físicas esportivas destinadas tanto à iniciação esportiva, quanto ao rendimento, nas regiões de maior desenvolvimento econômico do país (Sul e Sudeste), mas sem deixar de ter uma distribuição geográfica interessante, em algumas cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Destaca-se que há iniciativas por meio de construção, reformas e equipagem das instalações de atletismo. Constatou-se que a estrutura física desta modalidade em universidades públicas, clubes, instalações militares, complexos multiesportivos, instalações municipais, estaduais, federais, Centros Nacionais, Regionais e Locais. Porém, poucas delas oferecem equipamentos esportivos para o rendimento esportivo. Em suma, os achados deste estudo auxiliam o Brasil a melhor definir os objetivos para com o
atletismo brasileiro.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Rees T, Hardy L, Gullich A, Abernethy B, Côté J, Woodman T, Montgomery H, Laing S, Warr C. The Great British Medalists Project: a review of current knowledge on the development of the World’s Best Sporting Talent. Sports Med. 2016;46:1041-1058.

Green M, Oakley B. Elite Sport Development system and playng to win: uniformity and diversity in international approaches. Leis Stud. 2001;20:247-2267.

Digel H. The context f talent identification and promotion: a comparison of nations. New Stud Athl. 2002;17:13-26.

Green M, Holihan B. Advocacy coalitions and elite sport policy change in Canada and the United Kingdom. Int Rev Sociol Sport. 2004;39:87-403.

Digel H. Development Spotlight - Brazil. New Stud Athl. 2011;26:131-134.

Truyens J, De Bosscher V, Heyndels B, Westerbeek H. A resource-based perspective on countries’ competitive advantage in elite athletics. Int J Sport Policy Politics. 2014;6:459-489.

Hollings SC, Mallett CJ, Hume PA. The transition from elite junior track and field athlete to successful senior athlete: why some do, why others don’t. Int J Sports Sci Coach. 2014;9:457-471.

Huxlei DJ, O’Connor D, Bennie A. Olympic and World Championship track and fi eld athletes’ experiences during the specialising and investment stages of development: a qualitative study with Australian male and female representatives. Qual Res Sport, Exec Health. 2017;10:256-272.

Côté J, Gilbert W. An integrative definition of coaching effectiveness and expertise. Int J Sports Sci Coach. 2009;4:307-323.

Houlihan B, Green M. Comparative elite sports development. Systens sctrutures and public policy. London: Elsevier. 2008.

De Bosscher V, De Knop P, Van Bottenbrug S, Bingham J. Explaining international sporting success: an international comparison of elite sport systems and policies in six countries. Sport Manag Rev. 2009;12:113-36.

Green M. Changing policy priorities for sport in England: the emergence of elite sport development as a key policy concern. Leis Stud. 2004;23:365-85.

Meira TB, Bastos FC. Estrutura organizacional esportiva. In. Böhme MTS, editor. Esporte infanto-juvenil: treinamento a longo prazo - talento esportivo. São Paulo: Phorte. 2001.

Houlihan B, Green M. The changing status of school sport and physical education: explaining policy change. Sport Educ Soc. 2006;11.

International Association of Athletics Federations. [homepage]. Certification System. [citado 12 jan 2018]. Disponível em: file:///Users/andrefelipecaregnato/Downloads/IAAF%20CERTIFICATES%20-%20Certifi ed%20Athletics%20Facilities%20(1).pdf

Confederação Brasileira de Atletismo. [homepage]. Estatísticas. Medalhas. São Paulo. CBAt. 2017. [citado 1 fev 2017]. Disponível em: http://www.cbat.org.br/estatisticas/medalhas.asp

Confederação Brasileira de Atletismo. [homepage]. Atletismo do Brasil supera metas nos Jogos do Rio 2016. São Paulo. CBAt. 2016. [citado 2 nov 2016]. Disponível em: http://www.cbat.org.br/noticias/noticia.asp?news=8846.

Ferreira R. Estudo Comparativo de alguns Sistemas Esportivos nacionais visando um Contributo para o Brasil. Políticas para o Esporte de Alto Rendimento. São Paulo. 2007.

Hong F, Wu P, Xiong H. Beijing ambitions: an analysis of the Chinese sports system and its olympic strategy for the 2008 Olympic Games. Inte J Hist. 2005;22:510-529.

Ziemainz H, Gulbin J. Talent selection, identification, development exemplified in the Australian. Talent Search Programme. New Stud Ath. 2002;17: 27-32.

Ministério do Esporte. Rede Nacional de Treinamento. Brasília. 2016. [citado 11 set 2017]. Disponível em http://www.esporte.gov.br/index.php/institucional/alto-rendimento/rede-nacional-de-treinamento

Gil AC. Como elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas S.A. 6º Edição. 2008.

Confederação Brasileira de Atletismo. São Paulo. CBAt. 2016. Rankings. [citado 10 jan 2017]. Disponível em http://www.cbat.org.br/estatisticas/ranking_outros_anos.asp

Estadão. Esportes. [homepage]. Fabiana Murer inaugura Centro de Treinamento em São Caetano do Sul. 2012. [citado 12 jan. 2016]. Disponível em: http://esportes.estadao.com.br/noticias/geral,fabiana-murer-inaugura-centro--de-treinamento-em-sao-caetano-do-sul,868786

Brasil 2016. [homepage]. Começam obras de preparação do Complexo Esportivo de Deodoro para o Rio 2016. 2014. [citado 1 fev 2016]. Disponível em: http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/noticias/comecam-obras-de-preparacao-do--complexo-esportivo-de-deodoro-para-o-rio-2016

Brasil 2016. [homepage]. Região Barra. 2017. [citado 5 dez 2017]. Disponível em: http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/megaeventos/paraolimpiadas/instalacoes/barra

International Association of Athletics Federations. [homepage]. 2015. Mondotrack ws: the new Mondo track previewed at the IAAF World Championships Beijing 2015. [citado 12 mar 2017]. Disponível em: https://www.iaaf.org/news/press-release/mondotrack-ws.

Confederação Brasileira de Atletismo. CBAt e ME tratam dos Centros Nacionais de Treinamento de Atletismo. São Paulo. CBAt. 2015. [citado 12 jun 2016]. Disponível em: http://www.cbat.org.br/noticias/noticia.asp?news=7987&back=S

Ministério do Esporte. Ministério do Esporte da primeiro passo para a construção do centro de altitude no Brasil. Brasília. 2008. [citado 11 nov 2016]. Disponível em: http://esporte.gov.br/index.php/noticias/24-lista-noticias/39749--ministerio-do-esporte-da-primeiro-passo-para-a-construcao-do-centro-de-altitude-no-brasil

Portal de Transparência. Convênios. 2015. [citado 2 jan 2015. Disponível em: http://www.portaltransparencia.gov.br/convenios/convenioslista.asp?uf=rs&tipoconsulta=1&codorgao=51000&orgao=&codmunicipio=8801&municipio=&periodo

Confederação Brasileira de Atletismo. CBAt realiza primeiro camping na Rede Nacional de Treinamento. São Paulo. CBAt. 2017. [citado 2 out 2017]. Disponível em: http://www.cbat.org.br/noticias/noticia.asp?news=9037

Portal de Transparência. Preparação de Atletas. Atletismo. 2015. [citado 4 dez 2015]. Disponível em: http://www.portaldatransparencia.gov.br/

Gestão Esporte. [homepage]. A gestão de instalação esportiva e o estádio Célio de Barros. 2015. [citado 20 jan 2016].

Disponível em: http://gestaoesporte.com.br/novidade/a-gestao-de-instalacoes-esportivas-e-o-estadio-celio-de-barros

Ministério do Esporte. Ministério do Esporte investe mais de R$ 70 milhões em 15 novas pistas de atletismo. Brasília. 2015. [citado 23 jan 2016]. Disponível em: http://www.esporte.gov.br/index.php/noticias/24-lista-noticias/50262--ministerio-do-esporte-investe-mais-de-r-70-milhoes-em-15-novas-pistas-de-atletismo-pelo-pais

Brasil. Ata de homologação das propostas selecionadas para formalização de convênios encaminhados de acordo com a chamada pública nº 01/2012 da SNEAR. Brasília. DF.

Confederação Brasileira de Atletismo. São Paulo. CBAt. 2016. UFLA está pronta para ser um centro regional da RNT. [citado 12 jan 2017]. Disponível em: http://www.cbat.org.br/noticias/noticia.asp?news=9032&back=S

Mezzadri FM, Moraes e Silva M, Cavichiolli FR. Brazil. In: Kristiansen E, Parent MM, Houlihan B. Elite youth sports policy and management: a comparative analysis. Abingdon: Routledge. 2016.

Matthiesen SQ, Silva MFG, Silva ACL. Atletismo na escola. Motriz. 2008;14:96-104.

Hastie AH, Calderon A, Rolim JR, Guarino AJ. The development of skill and knowledge during a sport education season of track and field athletics. Res Q Exerc Sport. 2013;84:336-344.

Brito N, Fonseca AM, Rolim R. Os melhores atletas nos escalões de formação serão igualmente os melhores atletas no escalão sénior? Análise centrada nos rankings femininos das diferentes disciplinas do Atletismo ao longo das últimas duas décadas em Portugal. Rev Port Ciênc Desp. 2004;4:17-28.

Vasconcelos-Raposo J, Lázaro J, Mota M, Fernandes H. Caracterização dos níveis de ansiedade em praticantes de atletismo. Motricidade. 2007;3:298-314.

Brasil. (2011). Lei nº 12.395 de 16 de março de 2011. Altera as Leis nos 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto, e 10.891, de 9 de julho de 2004, que institui a Bolsa-Atleta; cria os Programas Atleta Pódio e Cidade Esportiva; revoga a Lei no 6.354, de 2 de setembro de 1976; e dá outras providências. 2011. Brasília.

Giglio SS, Rubio K. Futebol Profi ssional: o mercado e as práticas de liberdade. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2013;27:387-400.

Fin A. Running with the kenyans: discovering the secrets of the fastest people on Earth. London: Faber and Faber. 2012.

Jarvier F, Sikes M. Running as a resource of hope? Voices from Eldoret. Rev Afrc Political Econ. 2012;39:629-644.

Mazzei LC, Bastos FC, Ferreira RL, Böhme MTS. Centros de treinamento esportivo para o esporte de alto rendimento no Brasil: um estudo preliminar. Rev Min Educ Fís Edição Especial. 2012;1:1575-1584.

Downloads

Publicado

2021-08-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Caregnato, A. F. ., Silva, M. M. e ., Silva, C. L. da ., Mezzadri, F. M. ., Gonçalves, C. E. ., Matthiesen, S. Q. ., & Cavichiolli, F. R. . (2021). Estudo no Atletismo brasileiro: estruturas físicas, equipamentos esportivos e objetivos para o esporte. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 35(2), 229-247. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.v35i2p229-247