Valores de referência da densidade mineral óssea de universitários do sexo masculino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37194698

Palavras-chave:

Osteoporose, Densidade óssea, Doenças ósseas metabólicas, Absorciometria de fóton

Resumo

O objetivo deste estudo foi determinar valores de referência (média ± desvio padrão) da densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar (L2-L4) e da extremidade proximal do fêmur (colo, trocânter maior, triângulo de Ward e fêmur total) em universitários do sexo masculino. Foram medidas as densidades minerais ósseas (DMOs) de 117 homens (25 sedentários e 92 ativos) com idades entre 20 e 35 anos, utilizando o método da absorciometria radiológica por raios X de dupla energia (DXA). As DMOs obtidas (em g/cm2) para cada região foram: L2-L4 - 1,24 ± 0,16; colo do fêmur - 1,22 ± 0,17; triângulo de Ward - 1,13 ± 0,21; trocanter maior - 1,02 ± 0,16 e fêmur total - 1,21 ± 0,16. Comparando estas DMOs com os valores de referência do fabricante do DXA foram obtidos os respectivos escores T: 0,03 ± 1,30; 1,18 ± 1,32; 1,28 ± 1,62; 0,80 ± 1,43 e 0,90 ± 1,27. Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,001) entre os escores T obtidos com base no DXA e aqueles obtidos com base na própria amostra, em todos as regiões do fêmur, mas não na coluna lombar (p=0,79). Ao comparar as DMOs e os escores T entre sedentários e ativos, houve diferença estatisticamente significativa entre os valores relacionados ao fêmur (p<0,01), mas não entre os relacionados à coluna lombar (p=0,05). Os dados sugerem que cada indivíduo deve ter sua DMO avaliada com base em sua própria população e que há também uma influência da atividade física sobre a DMO.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Barreto FC, Bucharles SGE, Jorgetti V. Treatment of osteoporosis in chronic kidney disease. Braz J Nephrol. 2021;43(4 suppl 1):654-9.

Brandi ML. Microarchitecture, the key to bone quality. Rheumatology. 2009;48(suppl 4):iv3-iv8.

Radominski SC, Bernardo W, Paula AP, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós‐menopausa. Rev Bras Reumatol. 2017;57:452-66.

Xavier RM, Giarola IC, Ocampos GP, Plapler PG, Camargo OP, Rezende MU. Profile of patients with osteoporotic fractures and factors that decrease prevention. Acta Ortopédica Bras. 2019;27(2):95-9.

Coughlan T, Dockery F. Osteoporosis and fracture risk in older people. Clin Med Lond Engl. 2014;14(2):187-91.

Clynes MA, Harvey NC, Curtis EM, Fuggle NR, Dennison EM, Cooper C. The epidemiology of osteoporosis. Br Med Bull. 2020;15(1):101-17.

Sözen T, Özışık L, Başaran NÇ. An overview and management of osteoporosis. Eur J Rheumatol. 2017;4(1):46-56.

Aziziyeh R, Amin M, Habib M, et al. The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia, and Argentina. J Med Econ. 2019;22(7):638-44.

Marinho BCG, Guerra LP, Drummond JB, Silva BC, Soares MMS. The burden of osteoporosis in Brazil. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2014;58(5):434-43.

Pinheiro M de M, Eis SR. Epidemiology of osteoporotic fractures in Brazil: what we have and what we need. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2010;54(2):164-70.

Guzon-Illescas O, Perez Fernandez E, Crespí Villarias N, et al. Mortality after osteoporotic hip fracture: incidence, trends, and associated factors. J Orthop Surg. 2019;14(1):203.

Pinheiro MM, Ciconelli RM, Martini LA, Ferraz MB. Clinical risk factors for osteoporotic fractures in Brazilian women and men: the Brazilian osteoporosis study. Osteoporos Int. 2009;20(3):399-408.

Zerbini CAF, Szejnfeld VL, Abergaria BH, McCloskey EV, Johansson H, Kanis JA. Incidence of hip fracture in Brazil and the development of a FRAX model. Arch Osteoporos. 2015;10(1):28.

Oliveira LG, Carneiro MLRG, Souza MPG, Souza CG, Moraes FB, Camargo FL. Atualização do tratamento medicamentoso da osteoporose. Rev Bras Ortop. 2021;56(05):550-7.

Compston JE, Drake MT. Defining very high fracture risk: is frax fit for purpose?. J Bone Miner Res. 2020;35(8):1399-403.

Lopes RF, Marchesi AO, Fossari RN, Cezar MC, Coeli CM, Farias MLF. Análise densitométrica da região femoral de homens acima de 50 anos oriundos de um ambulatório de urologia. Rev Bras Reumatol. 2009;49(4)409-12.

Binkley N. Osteoporosis in men. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2006;50(4):764-74.

Rao SS, Budhwar N, Ashfaque A. Osteoporosis in men. Am Fam Physician. 2010;82(5):503-8.

Florindo AA, Latorre M d. RDO, Jaime PC, Tanaka T, Pippa MGB, Zerbini CAF. Past and present habitual physical activity and its relationship with bone mineral density in men aged 50 years and older in Brazil. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2002;57(10):M654-M7.

Kenny AM, Prestwood KM, Marcello KM, Raisz LG. Determinants of bone density in healthy older men with low testosterone levels. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2000;55(9):M492-7.

Proctor DN, Melton III LJ, Khosla S, Crowson CS, O’Connor MK, Riggs BL. Relative influence of physical activity, muscle mass and strength on bone density. Osteoporos Int. 2000;11(11):944-52.

Cadore EL, Brentano MA, Kruel LFM. Efeitos da atividade física na densidade mineral óssea e na remodelação do tecido ósseo. Rev Bras Med Esporte. 2005;11(6):373-9.

Avila JA, Avila RA, Gonçalves EM, Guerra Junior G. Influence of physical training on bone mineral density in healthy young adults: a systematic review. Rev Assoc Médica Bras. 2019;65(8):1102-6.

Abrahin O, Rodrigues RP, Marçal AC, Alves EAC, Figueiredo RC, Sousa EC. Swimming and cycling do not cause positive effects on bone mineral density: a systematic review. Rev Bras Reumatol Engl Ed. 2016;56(4):345-51.

Ito IH, Mantovani AM, Agostinete RR, Costa P, Zanuto EF, Christofaro DGD, et al. Practice of martial arts and bone mineral density in adolescents of both sexes. Rev Paul Pediatr Engl Ed. 2016;34(2):210-5.

Mesquita WG, Fonseca RMC, França NM. Influência do voleibol na densidade mineral ossea de adolescentes do sexo feminino. Rev Bras Med Esporte. 2008;14(6):500-3.

Silva CC, Goldberg TBL, Teixeira AS, Dalmas JC. Mineralização óssea em adolescentes do sexo masculino: anos críticos para a aquisição da massa óssea. J Pediatr. 2004;80(6):461-7.

Rodrigues AM, Cintra IP, Santos LC, Martini LA, Mello MT, Fisberg M. Densidade mineral óssea, composição corporal e ingestão alimentar de adolescentes modelos de passarela. J Pediatr. 2009;85(6)503-8.

Boot AM, Ridder MAJ, Sluis IM, Slobbe I, Krenning EP, Muinck Keizer-Schrama SMPF. Peak bone mineral density, lean body mass and fractures. Bone. 2010;46(2):336-41.

Petley GW, Cotton AM, Murrills AJ, et al. Reference ranges of bone mineral density for women in southern England: the impact of local data on the diagnosis of osteoporosis. Br J Radiol. 1996;69(823):655-60.

Lee KS, Bae SH, Lee SH, Lee J, Lee DR. New reference data on bone mineral density and the prevalence of osteoporosis in Korean adults aged 50 years or older: the Korea National Health and Nutrition Examination Survey 2008-2010. J Korean Med Sci. 2014;29(11):1514-22.

Gürlek A, Bayraktar M, Ariyürek M. Inappropriate reference range for peak bone mineral density in dual-energy x-ray absorptiometry: implications for the interpretation of t-scores. Osteoporos Int. 2000;11(9):809-13.

Ahmed AIH, Blake GM, Rymer JM, Fogelman I. Screening for osteopenia and osteoporosis: do the accepted normal ranges lead to overdiagnosis?. Osteoporos Int. 1997;7(5):432-8.

Lu J, Shin Y, Yen MS, Sun SS. Peak bone mass and patterns of change in total bone mineral density and bone mineral contents from childhood into young adulthood. J Clin Densitom. 2016;19(2):180-91.

Hochberg MC. Racial differences in bone strength. Trans Am Clin Climatol Assoc. 2007;118:305-15.

Parra FC, Amado RC, Lambertucci JR, Rocha J, Antunes CM, Pena SDJ. Color and genomic ancestry in Brazilians. Proc Natl Acad Sci. 2003;100(1):177-82.

Pena SDJ, Carvalho-Silva DR, Alves-Silva J, Prado VF, Santos FR. Retrato molecular do Brasil. Ciênc Hoje. 2000;27(159):16-25.

Brandão CMA, Vieira JGH. Fatores envolvidos no pico de massa óssea. Arq Bras Endocrinol Metabol. 1999;43(6):401-8.

Szejnfeld VL, Lucasin JR, Cruz JRS, Abreu JL, Dana Neto L, Atra E. Avaliaçäo do efeito dos exercícios sobre a densidade óssea de indivíduos jovens. Rev Bras Reum. 1992;32(2)84-8.

Zerbini CAF, Latorre MRO, Jaime PC, Tanaka T, Pippa MGB. Bone mineral density in Brazilian men 50 years and older. Braz J Med Biol Res. 2000;33(12):1429-35.

Carrasco M, Martínez I, Navarro MD. Atividade física na vida diária e densidade mineral óssea em mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(1):22-6.

Downloads

Publicado

2023-10-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Bezerra, R. F. de A., Marques, M. F. B., & Bezerra, A. S. de A. (2023). Valores de referência da densidade mineral óssea de universitários do sexo masculino. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 37, e37194698. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37194698