Recordações do mar: evidências psicológicas percebidas por surfistas amadores após a desistência da prática

Autores

  • Luiz Carlos Marinovic Doro Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
  • Império Lombardi Junior Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37200295

Palavras-chave:

Prática corporal, Qualidade de vida, Surfe, Aderência

Resumo

Na presente pesquisa, abordamos a relação entre regularidade nas práticas corporais em consonância ao acréscimo das tarefas diárias, discutimos a respeito das decorrências psicológicas percebidas por ex- praticantes, após o abandono por completo da prática do surfe. Para tal, entrevistamos doze ex-surfistas frequentadores das praias do Litoral Sul de São Paulo. Por meio de uma análise de conteúdo, foi possível compreender que o afastamento das ondas é influenciado principalmente pelo excesso de compromissos. Os resultados demostraram perdas interacionais e psicológicas significativas, após a desistência. As principais justificativas que conduzem ao abandono da prática estão direcionadas a uma desarmonia entre os tempos sociais, familiares e profissionais com o momento do surfe. Avalia-se que a continuidade na prática do surfe transpassa as situações vivenciadas no mar, e são condicionadas também pela relação entre a família, o trabalho e os afazeres diários.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bigolin F. O surfe e suas possibilidades de ensino [monografia]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física e Dança; 2019.

Nascimento J. A trajetória do surfe no Brasil, sob percepção dos gestores da modalidade [monografia]. João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba, Educação Física; 2020.

Silva B. As emoções no surfe: da percepção de estudantes de educação física à formação profissional [dissertação].Universidade São Judas Tadeu, Educação Física; 2017.

Souza R. Boas ondas: surfando com Rico de Souza. Rio de janeiro: Ediouro; 2004.

Amaral A, Dias C. Da praia para o mar: motivos à adesão e à prática do surfe. Licere. 2008;11(3):1-22.

Silva F. A representatividade da imagem do surfe brasileiro na mídia impressa entre a década de 1950 até os dias atuais [monografia]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação; 2019.

Doro L, et al. O surfe amador no Litoral Sul de São Paulo: estilo de vida e trabalho como fatores de aderência à prática. J Phys Educ. 2021;(32):e324.

Partington S, et. al. The dark side of flow: a qualitativestudy of dependence in big wave surfing. Sport Psychologist. 2009;23(2):170-185.

Casey, S. A onda: em busca das gigantes do oceano. Rio de Janeiro: Zahar; 2010.

Bauman Z. Nascidos em tempos líquidos. Rio de Janeiro, Zahar; 2018.

Rocha L, Silva M. Surfando para a vida: um estudo sobre o papel do surfe como prática pedagógica libertadora. R Est Pesq Educ. 2018;20(1).

Amaral B. Estilo de vida e percepção de saúde de praticantes de surfe [monografia]. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportes; 2016.

Neto P, et. al. Surfe é estilo de vida: motivação para a prática em mulheres jovens. Licere. 2017;20(1).

Oliveira V. Aragua surfe social: contribuições do projeto que integra surfe e educação [monografia]. Florianópolis (RS): Universidade Federal de Santa Catarina, Curso de Graduação em Educação; 2012.

Gluszczuk R. O surfe na educação física escolar: relação entre a legislação e a prática pedagógica [monografia]. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina, Educação Física; 2019.

Pittsinger R, et. al. The effect of a single session on the exercise-induced effect. Into J Exerc. Sci. 2017;10(7):989-999.

Ferreira L. Fatores motivacionais para a prática de surfe da associação de surf e tow-in Farol de Santa Marta - SC [monografia]. Florianópolis (SC): Ânima Educação; 2020.

Bonomo G. Fatores motivacionais que influenciam a prática do surfe na cidade de Imbituba, SC [monografia].Florianópolis (SC): Ânima Educação; 2020.

Bispo A. Tá estressado? Vai surfar! Relatório do projeto experimental para conclusão do curso de Comunicação Social na habilitação de jornalismo da Faculdades Integradas Hélio Alonso; 2014.

Ronán C, et. al. Surfing the waves: environmental and socio-economic aspects of tourism and recreation. Sci Total Iron. 2022;826:154122.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70;1979.

Nogueira A. Esporte, corpo e cultura no Litoral de fortaleza. Vozes Pretérito Devir. 2016;4(1).

Marconi M, et. al. Efeitos da pandemia de Covid-19 na experiência de mergulho em áreas marinhas protegidas. J Outdoor Recreat Tour. 2022.

Guerreiro H. O excesso de trabalho e bem estar geral em empresas de consultorias: o papel moderador do compromisso afetivo [dissertação]. Lisboa (PT): Universidade de Lisboa; 2017.

Lima M, et. al. Perfil de manifestações de estresse em universitários: um estudo transversal. Rev Enferm Atual In Derme. 2021;95(33).

Máximo C, Fortes I. Estresse e nível de cortisol em universitários. Rev Saúde. 2016;5(2):67-77.

Julian M, Borges M. O poder da esperança: segredos do bem-estar emocional. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira; 2017.

Pereira N, et al. Surfe é estilo de vida: motivação para a prática em mulheres jovens. Licere. 2017;20(01)115-139.

Steinman J. Surf e saúde. Florianópolis: Taomed; 2003.

Rocha L, Silva M. Surfando para a vida: um estudo sobre o papel do surfe como prática pedagógica libertadora. R Est Pesq Educ. 2018;20(1).

Downloads

Publicado

2023-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Doro, L. C. M., & Lombardi Junior, I. . (2023). Recordações do mar: evidências psicológicas percebidas por surfistas amadores após a desistência da prática. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 37, e37200295. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37200295