Efeito de séries de alongamento sobre força e potência muscular avaliadas por dinamômetro isocinético em adolescentes

Autores

  • Lucas Lopes Reis Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR, Brasil.
  • Rui Gonçalves Marques Elias Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR, Brasil.
  • Eurico Lara de Campos Neto Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR, Brasil.
  • Anibal Pires do Amaral Neto Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR, Brasil.
  • Claudinei Ferreira dos Santos Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR, Brasil.
  • Miller Markis de Oliveira Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2022e36185313

Palavras-chave:

Jovens, Exercícios de alongamento muscular, Desempenho, Força muscular

Resumo

Ainda há controvérsias sobre a real influência do alongamento sobre a força e potência muscular, principalmente tratando-se de adolescentes. O objetivo do estudo foi verificar por meio do teste em dinamômetro isocinético, os efeitos de séries de alongamento sobre a força e potência muscular, dos extensores e flexores de joelho do membro inferior dominante. O estudo foi realizado com 11 adolescentes do sexo masculino (14,36±1,36 anos) sem experiência em treinamento com pesos. Foi realizado avaliações antropométricas de peso, estatura, IMC, dobras cutâneas e avaliação maturacional com utilização de placa de Tanner. Os participantes foram submetidos ao teste de força e potência muscular (60 e 300°/segundo, respectivamente), no dinamômetro isocinético. Na primeira visita, antes do teste os voluntários realizaram apenas um aquecimento em uma bicicleta ergométrica. Na segunda visita os participantes realizaram um protocolo de alongamento estático, composto por três séries de 40 segundos, com intervalo de 30 segundos entre as séries para cada grupo muscular envolvido. As variáveis analisadas foram pico de torque (Nm) e trabalho total (J). Foi verificada diferença significativa em apenas uma das variáveis analisadas, o pico de torque (Nm) na flexão de joelho a 60°/segundo (p=0,001), sendo maior, o valor encontrado para a condição com alongamento. Em relação ao trabalho total (J) na extensão e flexão do joelho, não foi verificada diferença significativa em nenhuma das variáveis analisadas quando comparadas as condições sem e com alongamento (p>0,05). Dessa forma conclui-se, que para adolescentes do sexo masculino a realização de alongamento possivelmente não influencia no desempenho da força e potência muscular.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Kisner C, Colby LA. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 6ª Ed. Barueri, SP: Manole, 2016.

Garber CE et al. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing Eeercise. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(7):1334-1359.

Saragiotto BT et al. Motor control exercise for chronic non-specific low-back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2016(1):CD012004.

Santos CC, et al. Aplicação da versão brasileira do questionário de dor Mcgillem idosos com dor crônica. Acta fisiátrica. 2006;13(2):75-82.

Boutevillain L et al. Facilitators and barriers to physical activity in people with chronic low back pain: a qualitative study. PLoSOne. 2017;12(7):e0179826.

Sallis R. O exercício é um remédio: um apelo à ação para os médicos avaliarem e prescrevem exercícios. Phys Sportsmed. 2015;43:22-6.

Osteras N et al. Exercise for hand osteoarthritis. Cochrane Data base Syst Rev. 2017;1(1):CD010388.

Choi BKL, et al. Exercises for prevention of recurrenceso flow-back pain. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(1):CD006555.

Batista LH, Camargo PR, Oishi J, Salvini TF. Efeitos do alongamento ativo excêntrico dos músculos flexores do joelho na amplitude de movimento e torque. Rev Bras Fisioterapia. 2008;12(3):176-82.

Watsford ML et al. A prospective study of the relationship between lower body stiffness and hamstring injury in professional Australian rules footballers. Am J Sports Med. 2010;38:2058-2064.

Pickering REC, et al. The relationship between lower body stiffness and injury incidence in femalenetballers. Sports Biomech. 2017;16:361-373.

Field KB, Burnwoth CM, Delaney M. Atletas devem se alongar antes do exercício? Gatorade Sports Science Institute. 2008. Disponível em: http://www.gssi.com.br/. Acesso em: 11 mar 2012.

Marek AM. et al. Acute effects of static and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on muscle strength and power output. J Athletic Training. 2005;40(2):94-103.

Bacurau RFP et al. Acute effect of a ballistic and a static stretching exercise bout on flexibility and maximal strength. J Strength Conditioning Res. 2009;23(1):304-308.

Da Silva JJ, et al. Unilateral plantar flexors static-stretching effects on ipsilateral and contralateral jump measures. J Sports Sci Med.2015;14(2):315-321.

Behm DG et al. Acute effects of muscle stretching on physical performance, rangeof motion, and injury incidence in healthy active individuals: a systematic review. Physiol Nutr Metab. 2016; 41(1):1-11.

Herbert RD, Gabriel M. Effects of stretching before and after exercising on muscles orenessand risk of injury: systematic review. BMJ. 2002;325(7362):468.

Nakase J et al. Relation ship between the skeletal maturation of the distal attachment of the patelar tendo and physical features in pre adolescent male football players. KneeSurg. Sports Traumatol Arthrosc. 2014;22:195-199.

Yague PH, De La Fuente JM. Changes in height and motor performance relative to peak height velocity: a mixed-longitudinal study of Spanish boys and girls. Am J Hum Biol. 1998;10:647-660.

Saeki J et al. Optimum angle of force production temporarily changes dueto growth in male adolescence. Children (Basel). 2021;8(1):20.

Harrison GG, et al. Skin folds thickness and measurement technique. Anthropometric standardization reference manual. Illinois: Human Kinetics, 1988.

Slaughter MH, et al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and yougth. Human Biol. 1988;.60:709-723.

Tanner JM. Growth at adolescent. Oxford, Blackwell Scientific, 1962.

Terreri ASSP, et al. Avaliação isocinética no joelho do atleta. Rev Bras Med Esporte. 2001;7(5).

Borg G. An Introduction to Borg’s RPE-Scale. Movement Publications, Ithaca, NY, 1985.

Blazevich AJ, Kay AD, Mchugh M. Efeitos agudos do alongamento muscular no desempenho físico, amplitude de movimento e incidência de lesões em indivíduos ativos saudáveis: uma revisão sistemática. Appl Physiol Nutr Metab. 2016; 41(1):1-11. doi: 10.1139/apnm-2015-0235.

Behm DG, Chaouachi A. Uma revisão dos efeitos agudos do alongamento estático e dinâmico no desempenho. Rev Eur Fisiol Appl. 201;111(11):2633-51. doi: 10.1007/s00421-011-1879-2.

Cramer JT, et al. Efeitos agudos do alongamento estático no torque máximo em mulheres. J Strength Conditioning Res. 2004.

Kay AD, Blazevich AJ. Effect of acute static stretch on maximal muscle performance: a systematic review. Med Sci Sports Exerc. 2012;44(1):154-164.

Kay AD, Blazevich AJ. As reduções no momento flexor plantar ativo estão significativamente correlacionadas com a duração do estiramento estático. J Eur Ciênc Esporte. 2008; 8:41-6.

Mizuno T, Matsumoto M, Umemura Y. Os decrementos em rigidez são restaurados dentro de 10 minutos. Int J Sports Med. 2013.

Fletcher IM, Jones B. O efeito de diferentes protocolos de estiramento de aquecimento em 20 metros de sprint desempenho em jogadores treinados do rugby union. J Strength Cond Res. 2004;18(4):885-8.

Bispo D. Aqueça I: mecanismos potenciais e os efeitos do aquecimento passivo no desempenho do exercício. Med Esportiva. 2003.

Hough PA, Ross EZ, Howatson G. Effects of dynamic and static stretching on vertical jump performance and electromyographic activity. J Strength Cond Res. 2009;23(2):507-12.

Turki O, et al. Ten minutes of dynamic stretching is sufficient to potentiate vertical jump performance characteristics. J Strength Cond Res. 2011;25(9):2453-63.

Torres EM, et al. Effects of stretching on upper body muscular performance. J Strength Cond Res. 2008;22(4):1279-1285.

Yamaguchi T, Ishii K. Effects of static stretching for 30 seconds and dynamic stretching on leg extension power. J Strength Cond Res. 2005, 19(3):677-8.

Jaggers JR, et al. The acute effects of dynamic and ballistic stretching on vertical jump height, force, and power. J Strength Cond Res. 2008; 22(6):1844-9.

Júnior LJFS, Silva Neto LV. Efeito do alongamento estático e da corrida submáxima no desempenho do salto contramovimento e sprint em jogadores universitários de voleibol. Retos. 2021;39:325-329.

Barbosa GM, et al. Acute effects of stretching and/or warm-up on neuromuscular performance of volleyball athletes: a randomized cross-over clinical trial. Sport Sciences for Health. 2020;16(1):85-92.

Haddad M. Dynamic stretching alone can impair slower velocity isokinetic performance of young male handball players for at least 24 hours. PLoS One. 2019;14(1):e0210318.

Opplert J, Babault N. Acute effects of dynamic stretching on muscle flexibility and performance: an analysis of the current literature. Sports Med. 2018;48(2):299-325.

Chtourou H, et al. Effect of static and dynamic stretching on the diurnal variations of jump performance in soccer players. PLoS One. 2013;8(8):e70534.

Çelik A. Acute effects of cyclic versus static stretching on shoulder flexibility, strength, and spike speed in volleyball players. Turk J Phys Med Rehabil. 2017;63(2):124-132.

Stevanovic VB, et al. Stojanovic sport-specific warm-up attenuates static stretching-induced negative effects on vertical jump but not neuromuscular excitability in basketball players. J Sports Sci Med. 2019;18(2):282-289.

Duncan MJ, Woodfield LA. Efeitos agudos do protocolo de aquecimento sobre flexibilidade e salto vertical em crianças. Rev Fisiol Exerc. 2006;9(3):9-16.

Faigenbaum AD, et al. Influência do tempo de recuperação sobre os efeitos de aquecimento em atletas adolescentes do sexo masculino. Ciênc Exerc Pediátrico. 2010.

Konrad A, Tilp M. The acute time course of muscle and tendon tissue changes following one minute of static stretching. Curr. Issues Sport Sci. 2020;5:3. doi: 10.15203/CISS_2020.003

Konrad A, Tilp M, Nakamura M. A comparison of the effects of foam rolling and stretching on physical performance. a systematic review and meta-analysis. Frontiers Physiol. 2021;12.

Alp M, Çatikkaş F, Kurt C. Acute effects of static and dynamic stretching exercises on lower extremity isokinetic strength in taekwondo athletes. Isokinetics Exerc Sci. 2018;26(4):307-311.

Downloads

Publicado

2022-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reis, L. L., Elias, R. G. M., Campos Neto, E. L. de, Amaral Neto, A. P. do, Santos, C. F. dos, & Oliveira, M. M. de. (2022). Efeito de séries de alongamento sobre força e potência muscular avaliadas por dinamômetro isocinético em adolescentes. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 36, e36185313. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2022e36185313