Composição, abundância e distribuição espacial do zooplâncton no complexo estuarino de Paranaguá durante o inverno de 1993 e o verão de 1994

Autores

  • Rubens M. Lopes Universidade Federal do Paraná Centro de Estudos do Mar; Curso de Pós-Graduação em Zoologia
  • Rosinei do Vale Universidade Federal do Paraná Centro de Estudos do Mar; Curso de Pós-Graduação em Zoologia
  • Frederico P. Brandini Universidade Federal do Paraná Centro de Estudos do Mar; Curso de Pós-Graduação em Zoologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87591998000200008

Palavras-chave:

Zooplancton, Copepoda, Estuários, Composição, Abundância, Distribuição espacial, Região Sul do Brasil

Resumo

A estrutura das associações zooplanctônicas do complexo estuarino de Paranaguá foi estudada no inverno de 1993 e no verão de 1994. Copépodes dos gêneros Acartia, Paracalanus, Parvocalanus, Temora, Pseudodiaptomus, Oithona e Euterpina foram dominantes, atingindo até cerca de 90% da densidade total. A única espécie que ocorreu preferencialmente em salinidades inferiores a 15 foi o calanóide Pseudodiaptomus richardi, que representa o principal componente do holoplncton nos setores oligohalinos. Acartia tonsa e Oithona oswaldocruzi predominaram nos trechos intermediários, associadas a outras espécies estuarino-marinhas que suportam maiores variações de salinidade, como Acartia lilljeborgi, Pseudodiaptomus acutus e Oithona hebes. Espécies marinho-eurihalinas como Temora turbinata, Paraca/anus quasimodo, Oithona simplex e Euterpina acutifrons ocorreram em salinidades tão baixas quanto 15, mas foram mais abundantes na área externa influenciada pela água costeira. Várias espécies marinho-estenohalinas, associadas principalmente às águas quentes da Corrente do Brasil, foram registradas no setor euhalino. Outros grupos zooplanctônicos numericamente importantes foram os tintinineos, apendiculárias, cladóceros e alguns representantes do meroplncton, como as larvas de poliquetas e decápodes. Os máximos de abundncia do zooplncton (até cerca de 82000 org.m-3) ocorreram nos setores intermediários, em salinidades variando entre 15 e 30, coincidindo aproximadamente com o padrão de distribuição da biomassa fitoplanctônica.

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Publicado

1998-01-01

Edição

Seção

Nota