Uma análise bio-econômica da pesca de parelhas no sudeste do Brasil

Autores

  • Luiz Arnaud Britto de Castro Instituto de Pesca; Centro de Pesquisa Pesqueira Marinha
  • Miguel Petrere Jr. Universidade Estadual Paulista; Departamento de Ecologia
  • Antônio Evaldo Comune Universidade de São Paulo; Faculdade de Economia , Administração e Contabilidade; Departamento de Economia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87592001000100004

Palavras-chave:

Modelos bio-econômicos, Arrasto de portas, Peixes demersais, Micropogonias furnieri, Macrodon ancylodon, Cynoscion jamaicensis, Brasil

Resumo

Numa primeira tentativa de introduzir modelos bio-econômicos no gerenciamento pesqueiro no sudeste e sul do Brasil realizou-se um estudo da pesca de parelhas. Para isso construiu-se um modelo utilizando os parâmetros biológicos disponíveis na literatura. Como não há registros históricos de dados econômicos da pesca, foram utilizados os valores atuais do pescado e dos diversos insumos utilizados nessa atividade. Os resultados indicam que a frota estava superdimensionada no período de 1976-1981. De fato, daquela época até 1996, essa frota reduziu-se de 28 parelhas para apenas 11, um número ainda excessivo. O superdimensionamento da frota reflete-se nos resultados econômicos da análise, na forma de retornos financeiros negativos. Entretanto, deve-se levar em conta que alguns dos custos fixos não representam efetivo desembolso por parte dos armadores, uma vez que muitos deles não têm seus barcos segurados, ao mesmo tempo que a maioria dos barcos já estão totalmente amortizados e não apresentam mais custos sobre o capital. Por outro lado, as rendas consideradas não incluem o valor da fauna acompanhante desembarcada.

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Publicado

2001-01-01

Edição

Seção

Artigos