Observational description of the atmospheric and oceanic boundary layers over the Atlantic Ocean

Autores

  • Marcelo Dourado Universidade Federal do Rio de Janeiro; Departamento de Meteorologia; IGEO
  • Amauri Pereira de Oliveira Universidade de São Paulo; Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas; Departamento de Ciências Atmosféricas; Grupo de Micrometeorologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87592001000100005

Palavras-chave:

Camada limite atmosférica, Camada limite oceânica, Ressurgência, Cabo Frio, Frente fria

Resumo

A evolução temporal das camadas limites atmosféricas e oceânicas são descritas para a região de ressurgência do Oceano Atlântico localizada em Cabo Frio. As observações foram obtidas durante a campanha de medidas realizada pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, a bordo do Navio Oceanográfico Antares da Marinha Brasileira, entre 7 e 10 de julho de 1992. As análises mostradas aqui estão baseadas em 19 sondagens verticais simultâneas da atmosfera e do oceano. Estas sondagens foram feitas a cada 4 horas e durante a passagem de uma frente fria, que chegou em Cabo Frio no dia 6 de julho. Durante a passagem da frente fria a extensão vertical da camada de mistura atmosférica (e oceânica) variou de 200 m (13 m) a 1000 m (59 m). Estas modificações ocorreram no primeiro dia de observação e foram acompanhadas por um aumento de 1.2°C na temperatura da camada de mistura oceânica e por uma diminuição de 6 K na temperatura potencial virtual e de 6 g/kg na umidade específica da camada de mistura atmosférica. Estas variações do oceano em escala de tempo curta podem ser explicadas em termos da substituição do fluxo ascendente, de água relativamente mais fria, da ressurgência pelo fluxo descendente, de água relativamente mais quente, a medida que os ventos de superfície variam de NE (pré-frontal) para SSW (pós-frontal) durante a passagem da frente fria em Cabo Frio. As variações observadas na altura da camada de mistura atmosférica são consistentes com a intensificação da mistura térmica induzida pelo aquecimento da superfície do oceano combinado com o resfriamento da camada mistura atmosférica durante passagem da frente fria. A intensificação da mistura mecânica, observada durante a passagem da frente fria em Cabo Frio, pode também ter contribuído para as variações observadas em ambas camadas.

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Publicado

2001-01-01

Edição

Seção

Artigos