Morfoestratigrafia do noroeste da planície costeira de São João de Pirabas (Nordeste do Pará)

Autores

  • Osmar Guedes da Silva Júnior Universidade Federal do Pará; Laboratório de Computação Aplicada às Geociências
  • Maâmar El-Robrini Universidade Federal do Pará; Laboratório de Oceanografia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87592001000100009

Palavras-chave:

Planície costeira, Morfoestratigrafia, Fácies estratigráficas, Nível do mar

Resumo

Na Planície Costeira de São João de Pirabas (NE do Pará), ocorrem principalmente depósitos terciários e quaternários, cuja distribuição e espessura foram influenciadas por movimentos neotectônicos e oscilações do nível do mar atuantes desde o Mioceno. A análise estratigráfica com base em testemunhos (com até 6 m de comprimento), permitiu a identificação de um padrão de sedimentação, visualizado através de quatro sucessões marinhas: sucessão marinha retrogradacional basal - SB (lamas de intermaré, areias de antigos cordões praiais e areias de canais de maré); sucessão marinha retrogradacional - S1 (sedimentos predominantemente arenosos de face praial); sucessão progradacional - S2 (ambiente de planície de maré e "chêniers" associados) e; sucessão retrogradacional atual - S3 (cordões duna-praia, barras arenosas longitudinais e de baías, que migram sobre os manguezais). A evolução desta planície está relacionada às oscilações do nível do mar que, inicialmente, deram origem a sucessão Retrogradacional Basal (SB), durante uma fase transgressiva relacionada ao Pleistoceno Terminal (?), enquanto as sucessões S1, S2 e S3 teriam evoluído a partir da atuação de ciclos transgressivos e regressivos, desde aproximadamente 5.100 anos A.P até os dias atuais.

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Publicado

2001-01-01

Edição

Seção

Artigos