Programas de residência jurídica na Administração Pública: uma análise à luz da Constituição Federal

Autores

  • Júlio César Souza dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2319-0558.v5i1p168-183

Palavras-chave:

Administração Pública, Residência jurídica, Estágio, Pós-graduação, Juridicidade

Resumo

O presente estudo tem por escopo examinar a juridicidade de contratações realizadas no âmbito de órgãos do Poder Judiciário, Ministério Público, Procuradorias e Defensorias, sob a denomi­nação de “programa de residência jurídica”. Para tanto, será realizada análise quanto à natureza jurídica das residências jurídicas e, consequentemente, se estão em conformidade com os requisitos constitucio­nais e legais de contratação. Com efeito, demonstrar-se-á que esta modalidade de contratação configura mecanismo de captação de mão de obra para o exercício temporário de típica atividade estatal, disso­ciado de objetivos educacionais. Por conseguinte, tais contratações são caracterizadas por nítido desvio de finalidade e pela violação aos princípios do concurso público, da proteção à confiança e da eficiência.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Júlio César Souza dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Pós-graduando em Direito Público – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Graduado em Direito e Biomedicina – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Servidor do Ministério Público da União (MPU).

Referências

BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Profissionalização da função pública no Brasil. A&C – Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, ano 3, n. 12, abr./jun. 2003.

BARROSO, Luís Roberto. Mudança da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em matéria tributária: segurança jurídica e modulação dos efeitos temporais das decisões judiciais. Revista de Direito do Estado. São Paulo, nº 2, p. 261-288, abr./jun., 2006.

BINENBOJM, Gustavo. O sentido da vinculação administrativa à juridicidade no direito brasileiro. In: ARAGÃO, Alexandre Santos de; MARQUES NETO, Floriano de Azevedo (Coord). Direito Administrativo e seus novos paradigmas. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7ª ed. Coimbra: Almedina, 2003.

CRETELLA JÚNIOR, José. Do ato administrativo. São Paulo: Bushatsky, 1977.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

DOTTA, Alexandre Godoy. A estrutura e o financiamento da pós-graduação no Brasil no contexto do desenvolvimento do serviço público de educação. A&C – Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, ano 14, n. 56, p. 229-245, abr./jun. 2014.

FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.

LIMA, Thiago Emmanuel Chaves de. A violação do princípio do concurso público como ato de improbidade administrativa. Fórum Administrativo – FA, Belo Horizonte, ano 11, n. 128, p. 30-41, out. 2011.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.

MOREIRA, Egon Bockmann. Processo Administrativo: Princípios Constitucionais e a Lei nº 9.784/1999. 4ª ed. São Paulo: Malheiros, 2010.

MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial. 16ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.

OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. O princípio da proteção da confiança legítima no Direito Administrativo Brasileiro. Disponível em: < http://www.professorrafaeloliveira.com.br/Backoffice/noticias/pdf/O%20PRIN C%C3%8DPIO%20DA%20PROTE%C3%87%C3%83O%20DA%20CONFIAN%C3

%87A%20LEG%C3%8DTIMA%20NO%20DIREITO%20BRASILEIRO.pdf>. Acesso em: 20 fev 2017.

PRÊMIO INNOVARE (Brasil). Programa de residência judicial (pós-graduação lato sensu). 2014. Disponível em: <http://www.premioinnovare.com.br/proposta/programa- de-residencia-judicial-pos-graduacao-lato-sensu- 20140530181627597770/print>. Acesso em: 05 ago. 2017.

SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 573, de 05 de julho de 2012. Florianópolis, SC. SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 579, de 26 de setembro de 2012. Florianópolis, SC.

Downloads

Publicado

2018-01-28

Edição

Seção

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Como Citar

Santos, J. C. S. dos. (2018). Programas de residência jurídica na Administração Pública: uma análise à luz da Constituição Federal. Revista Digital De Direito Administrativo, 5(1), 168-183. https://doi.org/10.11606/issn.2319-0558.v5i1p168-183