Índice de Controle Ambiental das Unidades de Conservação do Maranhão

Autores

  • Yata Anderson Gonzaga Masullo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos -IMESC
  • Helen da Costa Gurgel Universidade de Brasília - UNB
  • Anne-Elizabeth Laques Institut de recherche pour le développement - IRD
  • Dionatan Silva Carvalho Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos -IMESC
  • Claudio Eduardo de Castro Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

DOI:

https://doi.org/10.11606/rdg.v36i0.139602

Palavras-chave:

Indicadores, Análise Multicritérios, AHP, SIG, Áreas protegidas

Resumo

O presente estudo objetiva expor o desenvolvimento do Índice de Controle Ambiental – ICA das Unidades de Conservação do Maranhão, a partir da mensuração de indicadores ambientais e institucionais. Busca-se dessa forma, representar a influência da dinâmica territorial sobre a efetividade das 11 UCs do Maranhão. Metodologias como esta tornam-se cada vez mais indispensável, em um cenário de institucionalização de área protegidas e efetivação de parques outrora somente existentes em papel. Avança-se nesse contexto, a partir da proposição e desenvolvimento de métodos capazes de considerar as complexidades envolvida na questão, como a relação entre a escala local e regional, rápida aplicação, alta capacidade de reprodução e baixa subjetividade. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o método de análise multicritério conhecido como Analytic Hierarchy Process (AHP), alicerçados por técnicas ligados ao Sistema de Informação Geográfico – SIGs. Desse modo foi possível identificar que entre as UCs em análise, 18% possuem nível insatisfatório de efetividade, enquanto que outros 18% possuem grau pouco satisfatório, 54% possui nível medianamente e 18% nível reconhecido como satisfatório. A consolidação desta metodologia traz consigo contribuições aplicadas a otimização do planejamento, implantação e gestão das Unidades de Conservação do Maranhão, bem como em outros estados, a partir deste estudo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Yata Anderson Gonzaga Masullo, Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos -IMESC

    Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA (2010), Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA (2013), Doutorando em Geografia pela Universidade de Brasília - UNB. Atualmente é Assessor Especial da Secretaria Adjunta de Assuntos Metropolitanos - SAAM, Pesquisador do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos - IMESC, Consultor da Empresa Ambiental Gestão de Projetos e auxiliar de pesquisa do Laboratório de Geografia, Ambiente e Saúde - LAGAS/UnB.

Referências

ARGYRIOU, A.V. et al. GIS multicriteria decision analysis for evaluation and mapping of landscape deformation neotectonics: A case study from Crete. Geomorphology, p. 262 –274, 2016.
BALDIOTI, H.R. 2014. Abordagem Multicritério para Avaliação de Modelos Geradores de Cenários Aplicados ao Planejamento da Operação Hidrotérmica de Médio Prazo. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
BERTZKY, B. et al. Protected Planet Report 2012: Tracking progress towards global targets for protected areas. Switzerland: Cambridge, 2012, 68p.
COHEN, L. et al Research methods in education. Londres: Routledge, 2007, 656p.
DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada. Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras. São Paulo: Hucitec, 2000, 161p.
ERVIN, J. WWF Rapid assessment and priorization of protected are management (Rappam) methodology. Swizertland: Gland, WWF, 2003, 70p.
GELDMANN, J. et al. A global analysis of management capacity and ecological outcomes in terrestrial protected areas. Conservation Letters, p. 1 – 10, 2017.
GORDON, J. E. et al. Geoheritage Conservation and Environmental Policies: Retrospect and Prospect. In: REYNARD E.; BRILHA, J. Editors, Geoheritage. Chennai: Elsevier, p. 213-236, 2018.
GRAEME, S. et al. Understanding protected area resilience: a multi-scale, social-ecological approach. Ecological Applications, v. 25, n.2, p. 299–319, 2015.
HOCKING, M. et al. Evaluating Effectiveness: A framework for assessing management effectiveness of protected areas. Suíça: IUCN – Gland, 2006.
ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Avaliação comparada das aplicações do método Rappam nas unidades de conservação federais, nos ciclos 2005-06 e 2010. Brasília: ICMBio, 2011, 134p.
LEVERINGTON, F. et al. A Global Analysis of Protected Area Management Effectiveness. Environmental Management, 2010.
LEMOS DE SÁ, R. (2000). Unidades de conservação: espaços ameaçados ou áreas protegidas. (Relatório Técnico). Brasília: 32 p.
MACKINNON, J. et al. Manejo de Áreas Protegidas En Los Trópicos. Suisse: International Union For Conservation Of Nature, 1990, 314p.
MARINELLI, C. E. De olho nas unidades de conservação: Sistema de Indicadores Socioambientais para Unidades de Conservação da Amazônia Brasileira. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2011, 12p.
MCNEELY, J. A. (Org.). At least do no harm: poverty and protected areas in China. Discussion paper for the CCICED. Protected Areas Task Force. 20004
MORIN, E. et al. Educar na era planetária: o pensamento complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. Trad. Sandra Trabucco Mayra Valenzuela. São Paulo: Cortez;, 2003, 111p.
OAKERSON, R. J. Analyzing the commons. A framework. In: Bromley, D. A. et al., Making the commons work: theory, practice and policy. San Francisco: ICS Press. 1992.
OSTROM, E. et. al. (Eds.) The drama of the commons. Washington: National Research Council, 2001.
OSTROM, E.; COX, M. Moving beyond panaceas: a multi-tiered diagnostic approach for social-ecological analysis. Environmental Conservation, n. 37, p. 451–463, 2010.
PADOVAN, M. P. Formulacion de um estandar y um procedimento para la certificacion del manejo de áreas protegidas. Costa Rica: Centro Agronomico Tropical de Investigacion y Ensenanza, 2001.
RIBEIRO, B. A. Proposta para revelar as preferências de comitês de especialistas a partir do método AHP: uma aplicação ao setor elétrico. Tese (doutorado). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia Elétrica. Rio de Janeiro. 2017. 115p.
SAATY, T. L. Método de Análise Hierárquica. 1ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1991
SAATY, T.L. & VARGAS, L. G., Models, Methods, Concepts & Applications of the Analytic Hierarchy Process. 2ª ed. New York: Springer. 2012.
SAHOO. S. et al. Environmental vulnerability assessment using Grey Analytic Hierarchy Process based model. Environmental Impact Assessment Review, p. 145–154, 2016.
SCHULZE, K. et al. Na assessment of threats to terrestrial protected áreas. Conservation Letters, p. 1-10, 2017.
SCHAEFER, M. et al. Nature as capital: advancing and incorporating ecosystem services in United States federal policies and programs. PNAS. p. 7383-7389, 2015.
SCHERL, L. M. et al. As áreas protegidas podem contribuir para a redução da pobreza? Oportunidades e limitações. Suíça e Cambridge: IUCN, 2006, 60p.
SOUZA, C.M.P. d., Modelo de Previsão de Despacho de Usinas Termelétricas por meio do Método Multicritério ANP. Dissertação de Mestrado, IBMEC, Rio de Janeiro. 2013.
STOLL-KLEEMANN, S. Evaluation of management effectiveness in protected areas: Methodologies and results. Basic and Applied Ecology, n. 11, p. 377–382, 2010.
STOLTON, S. et al. Reporting Progress in Protected Areas a Site ¬Level Management Effectiveness Tracking Tool: second edition. Gland, Switzerland: World Bank/WWF Forest Alliance, 2007. 21p.
THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis, 1982. 270p.
UNEP-WCMC; IUCN. Protected Planet Report 2016. Cambridge UK and Gland, Switzerland: UNEP-WCMC and IUCN, 2016.
YAMAMOTO, J. K.; LANDIM, P. M. B. Geoestatística: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Editora Oficina de Textos, 1.ed., 2013, 215p.
UNEP-WCMC, IUCN and NGS Protected Planet Report 2018. UNEP-WCMC, IUCN and NGS: Cambridge UK; Gland, Switzerland; and Washington, D.C., USA. (2018). 70p.
WWF Brasil - World Wide Found for Nature. Áreas Protegidas ou Espaços Ameaçados: O Grau de Implementação e a vulnerabilidade das Unidades de Conservação federais Brasileiras de Uso Indireto. Org. DE SÁ, Rosa M. Lemos; FERREIRA, Leandro. Brasília: WWF, 1999. 32p.
WWF Brasil - World Wide Found for Nature. Avaliação da gestão das unidades de conservação: métodos RAPPAM (2015) e SAMGE (2016). Brasília: WWF Brasil, 1ª ED., 2017, 127p.

Downloads

Publicado

2018-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Masullo, Y. A. G., Gurgel, H. da C., Laques, A.-E., Carvalho, D. S., & Castro, C. E. de. (2018). Índice de Controle Ambiental das Unidades de Conservação do Maranhão. Revista Do Departamento De Geografia, 36, 104-116. https://doi.org/10.11606/rdg.v36i0.139602