ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE USUÁRIOS DA REDE MUNICIPAL ESPECIALIZADA EM DST/AIDS EM RELAÇÃO À DISTÂNCIA DE SUAS RESIDÊNCIAS AOS SERVIÇOS. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2009

Resumo

Estudos sobre a distância entre a residência e o local de atendimento de usuários de serviços de atenção secundária à saúde orientam políticas de referência e contra-referência, minimizam grandes deslocamentos e facilitam a ampliação de acesso. Neste sentido, considerou-se oportuno utilizar dados de uma pesquisa sobre Avaliação do Perfil Nutricional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids (PVHA), em serviços da Rede Municipal Especializada (RME) em DST/aids, no Município de São Paulo (MSP) para descrever a distribuição de PVHA, usuárias desta rede. A população de estudo, moradora no MSP, foi mapeada por endereço de residência, assim como os 12 serviços da RME em DST/aids, onde esta população é atendida. Foram construídas bandas de 5 em 5 km em torno dos serviços e calculada a freqüência de usuários residentes dentro de cada banda. Considerou-se “alta concentração” quando mais de 80% dos usuários residem dentro da faixa de 10 km. Calculou-se, também, a freqüência de usuários residentes fora do município. Dos 865 residentes no MSP, foi possível mapear 828 (95,7%), o que pode ser considerado uma boa proporção de mapeamento. Observou-se que em 10 dos 12 serviços há alta concentração de usuários residentes num raio de 10 km, que variou de 81,9 a 98,8%. A proporção de residentes de fora do MSP variou de 2,4 a 26,7% por serviço. O estudo mostrou que apesar de se tratar de serviços públicos de atenção secundária, há uma concentração significativa de usuários residentes próximo aos serviços considerados, configurando uma distribuição adequada, refletindo certa racionalidade administrativa.