AMÉRICA LATINA: GLOBALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO REGIONAL O MERCOSUL E O NOVO RECORTE TERRITORIAL
DOI:
https://doi.org/10.7154/RDG.1997.0011.0010Palavras-chave:
mercosul, território, regiãoResumo
Este trabalho tem por propósito discutir o atual processo de integração regional na América Latina, diante das transformações da economia contemporânea. Especificamente analisamos o caso Mercosul, por ser este o bloco regional sul-americano em estágio mais avançado de integração. A atual organização espacial dos países que conformam o Mercosul indica-nos que esta região vem se tornando extremamente funcional à globalização. Sobretudo através da crescente racionalização de parcelas do território, que modernizam-se acolhendo a nova divisão social do trabalho. Como conseqüência, acentuam-se as diferenças internas, ampliando o fenômeno de segregação socioespacial. Existem alguns elementos centrais que merecem ser analisados para se apreender a conformação dos novos recortes territoriais no Mercosul. As grandes empresas, as infra-estruturas informacionais, as novas formas de solidariedade política e o papel das metrópoles como centros produtores de informação são alguns deles. Estes são, hoje, bases para a constituição de espaços para a globalização na América Latina. Há, portanto, forte tendência a uma integração exclusivamente econômica, privilegiando as ações hegemônicas deste período. A integração, longe de atender os interesses dos povos latino-americanos, ocorre sob a égide da competitividade, da tecnociência, em acordo com as demandas do mercado. O processo de formação de blocos regionais na América Latina encontra, na formação da ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio) em 1960, um marco histórico devido a importância da iniciativa, e parte que os resultados, em geral, não tenham ultrapassado os trâmites burocráticos.
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