Antropogeomorfologia e Problemática Erosiva em Área Rural Degradada, Marabá Paulista (SP)

Autores

  • Felipe Augusto Scudeller Zanatta Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Rio Claro
  • Cenira Maria Lupinacci Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Rio Claro
  • Marcos Norberto Boin Universidade Federal da Grande Dourados
  • Rodrigo Braga Moruzzi Universidade Estadual Paulista J. M. Filho

DOI:

https://doi.org/10.11606/rdg.v0ispe.132614

Palavras-chave:

Dinâmica Erosiva, Coeficiente de Correlação Pearson (p), Voçoroca, Técnicas Conservacionistas.

Resumo

A erosão do solo representa um problema de dimensões globais, a qual promove perdas de recursos naturais, área agricultável e produtividade dos solos, afetando toda sociedade, mas, sobretudo, pontualmente os agricultores e a economia. Considerando essa problemática, neste artigo buscou-se compreender as interferências antrópicas na dinâmica erosiva de uma bacia com dois processos de voçorocamento, localizada no Município de Marabá Paulista (SP). Para tanto, foram realizados mapeamentos de geomorfologia e uso e cobertura superficial da terra, em escala 1:10.000, dos cenários de 1963, 1979, 1997, 2010 e 2015. As informações mapeadas foram quantificadas de acordo com a natureza espacial de cada variável, e trabalhadas conjuntamente através do Coeficiente de Correlação de Pearson (p). Como resultado, identificou-se correlação positiva de forte à perfeita entre as pastagens e os processos erosivos e destes, também, com os terraços agrícolas e bacias de contenção, uma vez que a infiltração abastece a voçoroca existente na área, de modo a aumentar o fluxo de água no talvegue e promover desbarrancamentos nas laterais e cabeceira dessa forma erosiva, dinamizando as vertentes, principalmente, aquelas com superpastoreio. Assim, compreende-se que as técnicas conservacionistas, quando não acompanhadas de mudanças no uso da terra adequadas às características físicas e aos processos atuantes, têm sua função pervertida, contribuindo com a evolução dos processos erosivos.

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Biografia do Autor

  • Felipe Augusto Scudeller Zanatta, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Rio Claro
    Formado em licenciatura e bacharel em Geografia na Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT), UNESP, campus de Presidente Prudente. Mestre em Geografia - Organização do Espaço no Instituto de Geociências (IGCE) e Ciências Exatas, UNESP, campus de Rio Claro. Atualmente é doutorando no programa de Pós-Graduação em Geografia do IGCE, UNESP, campus de Rio Claro.
  • Cenira Maria Lupinacci, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Rio Claro
    Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993), mestrado em Geografia (1997), doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e livre docência em Geomorfologia. Atualmente é professora doutora da Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia, cartografia geomorfológica, erosão e planejamento ambiental.
  • Marcos Norberto Boin, Universidade Federal da Grande Dourados
    Possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1975) e doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Experiência em prospecção mineral nos anos 1970, na DOCEGEO. Experiência no ensino superior, na Fundação Universidade Federal de Mato Grosso em Cuiabá, com aulas no Curso de Geologia, no final da década de 1970. No Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo ? IPT, na primeira metade da década de 1980, onde desenvolveu pesquisa mineral em granitos. Do ano de 2002 a 2014, trabalhou como Assistente Técnico de Promotoria no Ministério Público do Estado de São Paulo e de 2008 a 2015 na Universidade do Oeste Paulista ? UNOESTE, nos cursos de graduação em Geografia, Biologia, Química, Tecnólogo em Produção Sucroalcooleira e Turismo . Docente do curso de Especialização em Gestão Ambiental e no Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Atualmente é professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados - MS
  • Rodrigo Braga Moruzzi, Universidade Estadual Paulista J. M. Filho
    Graduado em Eng Civil pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar (1997). Mestre e Doutor em Engenharia Civil na área de Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo - EESC-USP (2000 e 2005). Pós-doutorado em Eng. Química na Katholieke Universiteit Leuven - KUL (2011). Pós-doutorado pelo Departamento de Química e Física Molecular - IQSC-USP (2012). Livre-docente em Engenharia Hidráulica e Saneamento - Unesp (2015). Professor RDIDP da Unesp desde 2006. Coordenador da Engenharia Ambiental (2009-2011). Chefe de departamento (2013-2015). Coordenador do Laboratório de Tratamento e Reúso de Águas e Efluentes - LATARE (2010-atual). Temas de pesquisa: Tratamento de água para abastecimento e Técnicas compensatórias em drenagem urbana.

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Publicado

2017-06-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Antropogeomorfologia e Problemática Erosiva em Área Rural Degradada, Marabá Paulista (SP). (2017). Revista Do Departamento De Geografia, spe, 199-207. https://doi.org/10.11606/rdg.v0ispe.132614