A judicialização do direito à saúde em uma perspectiva comparada: Brasil e Colômbia

Autores

  • Fernanda de Castro Nakamura Universidade Estadual Paulista . Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
  • Nathália Melazi Caobianco Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v20i1p63-85

Palavras-chave:

Judicialização da Saúde, Sistema de Saúde Brasil, Sistema de Saúde Colômbia

Resumo

 O presente artigo tem como objetivo estudar, em perspectiva comparada, a judicialização da saúde no Brasil e na Colômbia. A análise comparativa justifica-se pela proximidade histórica, política e social existente entre os dois países, principalmente no que se refere à colonização e aos marcos de subdesenvolvimento, bem como pela existência de dados específicos consolidados nesses países. Dessa forma, por meio de uma revisão da literatura sobre o tema e da análise de dados nas bases governamentais de ambos os países, pontuaram-se as principais diferenças no tratamento dado à saúde e os efeitos que o controle judicial das políticas públicas tem sobre a organização política e administrativa dessas sociedades. Como conclusão, verificou-se que tanto Brasil como Colômbia padecem de uma gestão de saúde que permita incluir esse direito fundamental no projeto de desenvolvimento socioeconômico das agendas governamentais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Fernanda de Castro Nakamura, Universidade Estadual Paulista . Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

    Doutoranda em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Campus Franca (Unesp/Franca); mestrado em Planejamento e Análise de Políticas Públicas pela Unesp/Franca. Advogada. São Paulo/SP, Brasil.

  • Nathália Melazi Caobianco, Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

    Mestrado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Campus Franca (Unesp/Franca). Advogada. São Paulo/SP. Brasil.

Referências

ABADIA, Cesar Ernesto; OVIEDO, Diana G. Bureaucratic itineraries in Colombia. A theoretical and methodological tool to assess managed-care health care systems. Social Science e Medicine, Bogotá, v. 68, n. 6, p. 1153-1160, mar. 2009. http://dx.doi.org/10.1016/j.socscimed.2008.12.049.
ARANGO, Rodolfo. Promoción de los derechos sociales constitucionales por via de protección judicial. El Outro Derecho, ILSA, Bogotá-D.C., Colombia, n. 28, jul. p. 104-122, 2002. Disponível em: https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/34888817/PROMOCION_D_ELOS_DERECHOS_SOCIALES_CONSTITUCIONALES.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1541515415&Signature=K6b%2BPyVSbTf1poOPkDMwcNwPUgY%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DPromocion_de_los_derechos_sociales_const.pdf. Acesso em: fev. 2017.
ARRETCHE, Marta Teresa da Silva. Estado federativo e políticas sociais: determinantes da descentralização. Rio de Janeiro: Revan; São Paulo: FAPESP, 2000.
ASENSI, Felipe Dutra; PINHEIRO, Roseni (coord.). Judicialização da saúde no Brasil: dados e experiências. Brasília: Conselho Nacional de Justiça, 2015.
AZEM, Guilherme Beux Nassif. O direito à saúde e comprovação da hipossuficiência. In: ASSIS, Araken (Coord.). Aspectos polêmicos e atuais dos limites da jurisdição e do direito à saúde. Porto Alegre: Notadez Editora, 2007.
BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. (Syn)thesis, v. 5, n. 1, p. 23-32, 2012. Disponível em: http://www.epublicacoes.uerj.br/ojs/index.php/synthesis/article/view/7433/5388. Acesso em: abr. 2015.
BELTRAN LOPES, Ulahy. Dos años después de la ley estatutaria de salud: ¿igual o mejor? Disponível em: http://ulahybeltranlopez.blogspot.com.br/2017/02/dos-anos-despues-de-la-ley-estatutaria_21.html. Acesso em: 28 nov. 2017.
COLÔMBIA. Corte Constitucional. Disponível em: http://www.corteconstitucional.gov.co/lacorte/. Acesso en: 10 set. 2019.
COLOMBIA. Defensoría del Pueblo. La tutela y el derecho a la salud. Período 2006-2008. Disponível em: http://www.defensoria.gov.co/public/pdf/LatutelaylosderechosalaSalud.pdf. Acesso em: 03 mar. 2016.
COLOMBIA. Ministerio de la Salud. Orden 19 Sentencia T-760 de 2008. Auto 411 de 2015. Informe II trimestre de 2018. Dirección de Regulación de la Operación del Aseguramiento en Salud, Riesgos Labores y Pensiones. Bogotá D.C., ago. 2018. Disponível em: https://www.minsalud.gov.co/sites/rid/Lists/BibliotecaDigital/RIDE/DE/DIJ/informe-corte-2-trimestre-2018.pdf. Acesso em: nov. 2018.
FERNANDES, Carlos Francisco. Con fuertes desafíos, comienza en Colombia era de salud como derecho. El Tiempo, 16 feb. 2017. Disponível em: http://www.eltiempo.com/archivo/documento/CMS-16821511. Acesso em: 28 nov. 2017.
FLEURY Sonia. Universal, dual or plural? Health care models and issues in Latin America. In: MOLINA, Carlos Gerardo; NÚÑEZ DEL ARCO, José (Orgs.). Health services in Latin America and Asia. Washington-D.C.: Interamerican Development Bank; 2001. p. 3-36.
GIOVANELLA, Ligia; FEO, Oscar; FARIA, Mariana; TOBAR, Sebástian (Orgs). Sistemas de salud en Suramérica: desafios para la universalidad la integralidad y la equidade. Instituto Suramericano de Gobierno en Salud. Rio de Janeiro: ISAGS, 2012.
GOMES, Dalila F. et al. Judicialização da saúde e a audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal em 2009: o que mudou de lá para cá? Saúde Debate, Rio de janeiro, v. 38, n. 100, p. 139-156, jan./mar. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38n100/0103-1104-sdeb-38-100-0139.pdf. Acesso em 27 nov. 2017.
INSTITUTO DE DIREITO SANITÁRIO APLICADO - IDISA. Medicamentos excepcionais e prioridades de saúde no Brasil. Disponível em: http://www.idisa.org.br/site/documento_4062_0__medicamentos-excepcionais-e-prioridades-de-saude-no-brasil.html. Acesso em: jan. 2016.
JIMÉNEZ, Wilson Giovanni et al. Ley estatutaria: ¿avance hacia la garantía del derecho fundamental a la salud? Rev Colomb Cir., n. 31, p. 81-90, 2016 Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/rcci/v31n2/v31n2a2.pdf. Acesso em: 28 nov. 2017.
JUDICIALIZAÇÃO da saúde no Brasil: dados e experiências. Coord. Felipe Dutra Asensi e Roseni Pinheiro. Brasília-DF: Conselho Nacional de Justiça, 2015. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/files/conteudo/destaques/arquivo/2015/06/6781486daef02bc6ec8c1e491a565006.pdf.
LEVINO, Antonio; CARVALHO Eduardo Freese de. Análise comparativa dos sistemas de saúde da tríplice fronteira: Brasil/Colômbia/Peru. Rev Panam Salud Publica, v. 30, n. 5, p. 490-500, 2011. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28634/2/An%C3%A1lise%20comparativa%20dos.pdf.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO) – 1946. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html. Acesso em: jan. 2016.
PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 15-35, jan./mar. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00015.pdf. Acesso em: dez. 2015.
PARRA-VERA, Oscar; YAMIN, Alicia Ely. La Sentencia T-760 de 2008, su implementación y impacto: retos y oportunidades para la justicia dialógica. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/tablas/r32458.pdf. Acesso em: 27 nov. 2017.
PRADA, C; CHAVES, S. Health system structure and transformations in Colombia between 1990 and 2013: a socio-historical study. Critical Public Health, v. 28, p. 1-11, 2018. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09581596.2018.1449943. Acesso em: nov. 2018.
VILLADIEGO LORA, Alfredo Enrique. ¿Como evitar el paseo de la muerte? Opinión y Salud. Disponível em: https://www.opinionysalud.com/evitar-paseo-la-muerte/. Acesso em: 28 nov. 2017.

Downloads

Publicado

2019-11-18

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A judicialização do direito à saúde em uma perspectiva comparada: Brasil e Colômbia. (2019). Revista De Direito Sanitário, 20(1), 63-85. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v20i1p63-85