Economia internacional do saber e da pobreza: a exclusão dos países em desenvolvimento do mercado mundial de medicamentos

Autores

  • Thomas Bréger Faculdade de Direito e Ciências Políticas de Nantes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v12i1p135-188

Palavras-chave:

Acordo TRIPS, Cooperação Internacional, Direito à Saúde, Medicamentos, Propriedade Intelectual

Resumo

A exemplo das relações econômicas internacionais, a saúde segue o ritmo da mundialização. Fala-se, ao mesmo tempo, de uma economia da saúde globalizada e da internacionalização dos riscos sanitários. No entanto, os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento não estão no mesmo nível em relação ao combate às doenças. Observa-se uma "fratura sanitária" simbolizada, por anos a fio, pela epidemia da AIDS nos países pobres. Enquanto o progresso científico oferece respostas a numerosas doenças, a maioria dos habitantes dos países do "Sul" não tem acesso regular a medicamentos. No centro das políticas de saúde pública, o medicamento vem se tornando mercadoria, em uma economia mundial focada na exploração do conhecimento, no caso a inovação farmacêutica. A falta de acesso a tratamentos pode ser analisada como resultado da exclusão dos países em desenvolvimento frente ao mercado de produtos farmacêuticos, causada tanto pela situação socioeconômica, quanto pela estrutura do mercado e pelas regras da OMC relativas à propriedade intelectual.

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Publicado

2011-06-01

Edição

Seção

Tema em Debate

Como Citar

Bréger, T. (2011). Economia internacional do saber e da pobreza: a exclusão dos países em desenvolvimento do mercado mundial de medicamentos. Revista De Direito Sanitário, 12(1), 135-188. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v12i1p135-188