Mundialização, trabalho social e política do sujeito

Autores

  • Jean Biarnès Université Paris 13; Centre interuniversitaire de recherche EXPERICE
  • Nilce da Silva Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação
  • Patrícia Fridman
  • Cláudia Cascapera

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-7686.v2i4p192-213

Palavras-chave:

ator social, inserção social, mundialização, sujeito, trabalho social

Resumo

O artigo apresenta algumas possibilidades de uma política do sujeito, abrangendo as questões da ética e da democracia, partir da análise do trabalho realizado em dois grupos do Programa EQUAL. Esses grupos acompanham a inserção social de jovens na França. Para o autor, eles deveriam avaliar-se levando em consideração, ao mesmo tempo, a dimensão quantitativa e a dimensão qualitativa em relação à pessoa enquanto sujeito. Desse modo, surge como conseqüência urgente que os atores sociais se preocupem em construir seus próprios instrumentos de avaliação do seu trabalho, instrumentos de avaliação qualitativa e não quantitativa, respeitando-se uma verdadeira dinâmica do sujeito, tanto do lado do usuário como do ator social na qual cada um tem a necessidade de se "desvendar" (biografização recíproca), de explicitar seus critérios sob o olhar das situações vividas em comum (re-territorialização da pessoa) e de tentar permanecer coerente (desparcialização da pessoa dentro dos diferentes percursos). Todo esse trabalho deve levar em conta que "ser sujeito" não pode jamais ser isolado do objeto. O "ser sujeito" é um "ser em situação". "Ser sujeito" é ser um "sujeito que fala e que age", ou seja, um "sujeito que deseja", num cenário social em que o domínio mundial é demarcado pelas fronteiras imprecisas dentro de suas concretizações e de uma extrema eficácia dentro dos seus funcionamentos. Nesse contexto, educar - formar, acompanhar a dimensão do desejo criativo do sujeito - é a primeira missão que deveria ser dada a todo trabalhador social, por ele mesmo e pelo seu trabalho com o Outro. Este conhecimento do sujeito e da sua própria palavra implica que o ator social "faça com" o sujeito e não "para" o sujeito.

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Publicado

2008-08-01

Edição

Seção

Fundamentos da Educação e Alfabetização

Como Citar

Mundialização, trabalho social e política do sujeito. (2008). Acolhendo a Alfabetização Nos Países De Língua Portuguesa, 2(4), 192-213. https://doi.org/10.11606/issn.1980-7686.v2i4p192-213