Fisiologia da música: uma abordagem comparativa.

Autores

  • Felipe V. Rodrigues Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Lab. de Neurociência e Comportamento, Fisiologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-5154.v2p12-17

Palavras-chave:

Música, neurociências, fisiologia comparativa.

Resumo

Por todo o mundo, nas mais diferentes culturas, é possível encontrar pessoas produzindo ou apreciando música. Ainda assim, não conseguimos explicar consensualmente se há na música vantagens adaptativas e por que ela está irrestritamente distribuída pelo globo. Estava Darwin certo ao sugerir que a música vem desde tempos remotos, ainda com nossos ancestrais? Mas e quanto às outras espécies? Podem elas produzir ou apreciar música? Se sim, por prazer/arte, como parece ser ao homem, ou como um simples instinto? Os indícios que permitem responder essas questões começam a ser encontrados. Faremos aqui uma revisão dos mecanismos neurofisiológicos que possibilitam a existência de música no homem e de que formas ela se manifesta em outras espécies.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Baptista, L.F.; Keister, R. Why Bird Song Is Sometimes Like Music, BioMusic Symposium, AAAS ANNUAL MEETING, 2000. apud GRAY e colaboradores - The Music of Nature and the Nature of Music. Science, v.291, n.5501, p.52-54, jan. 2001.

Bendor, D.; Wang, X. - Cortical representations of pitch in monkeys and humans. Curr Opin Neurobiol. 16(4):391-9. 2006.

Bendor, D.; Wang, X. - The neuronal representation of pitch in primate auditory cortex. Nature, v. 436, n.25, p.1161-1165, ago. 2005.

Benítez-Bribiesca, L. The Biology of Music. Science. v.292, n.5526, p.2432-2433, Jun. 2001.

Clark, X. Animal music, its nature and origin. The American Naturalist, v.13, n.4, p.209-223, abr. 1879.

Darwin, C. The descent of man, and selection in relation to sex. 2. ed. New York: Hurst & Company. 1874. apud PINKER, S. How the mind works. 1.ed. London: Penguin Books, 1998. 660p.

Gess, A. Birds like music, too. Science, v.317, n.5864, p.1864, set. 2007.

Gray, P.M.; Krause, B.; Atema, J.; Payne, R.; Krumhansl, C.; Baptista, L. The Music of Nature and the Nature of Music. Science, v.291, n.5501, p.52-54, jan. 2001.

Hauser, M. D.; Mcdermott, J. The evolution of the music faculty: a comparative perspective. Nat Neurosci. v.6, n.7, p.663-668, jul. 2003.

Koelsch, S.; Kasper, E.; Sammler, D.; Schulze, K.; Gunter, T.; Friederici, A.D. Music, language and meaning: Brain signatures of semantic processing. Nat Neurosci, v.7, n.3, p.302-307, mar. 2004.

Masataka, N. Music, evolution and language. Developmental Science, v.10, n.1, p.35-39, jan. 2007.

Meyer, R. B. Emotion and meaning in music. 1956. Chicago: University of Chicago Press apud TRAINOR, L.J.; HEINMILLER, B.M. Infants prefer to listen to consonance over dissonance. Inf. Behav. Dev. 1998 21, 77-88.

Patel, A.D. Language, music, syntax and the brain. Nat Neurosci, v.6, n.7, p.674-681, jul. 2003a.

Patel, A.D. Rhythm in language and music: parallels and differences. Ann NY Acad Sci, v.999, p.140-143. Dez. 2003b.

Payne, R. Whale Songs: Musicality or Mantra? BioMusic Symposium, AAAS Annual Meeting, 2000. apud GRAY e colaboradores - The Music of Nature and the Nature of Music. Science, v.291, n.5501, p.52-54, jan. 2001.

Pinker, S. How the mind works. 1.ed. London: Penguin Books, 1998. 660p.

Porres, A. T. Processos de Composição Microtonal por meio do Modelo de Dissonância Sensorial. 2007. 189 p. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Samson, S. Neuropsychological studies of musical timbre. Ann NY Acad Sci, v.999, p.144-151, dez. 2003.

Sethares, W.A. Relating tuning and timbre. Disponível em: http://eceserv0.ece.wisc.edu/~sethares/consemi.html. Acesso em: 13/03/2009.

Suits, B.H. Physics of music – notes. Disponível em: http://www.phy.mtu.edu/~suits/overtone.html. Acesso em: 13/03/2009.

Trainor, L.J.; Heinmiller, B.M. Infants prefer to listen to consonance over dissonance. Inf. Behav. Dev. 1998 21, 77-88.

Tramo, M.J. Music of the Hemispheres. Science, v.291, n.5501, p.54-56, jan. 2001.

Trehub, S.E.; Hannon, E.E. Infant music perception: domain-general or domain-specific mechanisms? Cognition, v.100, n.1, p.73-99, Mai. 2006.

Wright, A.A.; Rivera, J.J.; Hulse, S.H.; Shyan, M.; Neiworth, J.J. Music perception and octave generalization in rhesus monkeys. J Exp Psychol Gen. v.129, n.3, p.291-307, set. 2000.

Zatorre, R.J. Finding the missing fundamental. Nature, v.436, n.25, p.1093-1094, Ago. 2005.

Zatorre, R.J. Music and the Brain. Annals N Y A Scien, v.999, p.4-14, dez. 2003.

Downloads

Publicado

2009-06-30

Edição

Seção

Revisão

Como Citar

Rodrigues, F. V. (2009). Fisiologia da música: uma abordagem comparativa. Revista Da Biologia, 2(1), 12-17. https://doi.org/10.11606/issn.1984-5154.v2p12-17