De escravo rico a liberto: a história do africano Manoel Joaquim Ricardo na Bahia oitocentista

Autores

  • João José Reis Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2015.108145

Palavras-chave:

Biografia, Escravidão, Liberdade, Mobilidade social, Bahia oitocentista

Resumo

O artigo discute a trajetória de Manoel Joaquim Ricardo, africano haussá que desembarcou na Bahia no início do século XIX como cativo e morreu em 1865 como forro e rico. Sua vida no Brasil permite perceber as possibilidades e limitações à ascensão social dos africanos sob a escravidão e em liberdade. Entre os mecanismos de mobilidade, como era de praxe na época, Ricardo investiu em escravos desde a época em que ainda era ele próprio escravo, um fenômeno raramente abordado pela historiografia. Mas também adquiriu e alugou imóveis, negociou (fez mesmo o tráfico transatlântico e interno de escravos), emprestou a juros, entre outras atividades. Outras dimensões de sua trajetória aqui abordadas são a vida familiar e religiosa, que incluiu sua rede de compadrio e suas relações com gente de candomblé. O artigo propõe o conceito de ladinização para entender a experiência de africanos como Ricardo, mesmo que não tão bem sucedidos como ele no mundo material.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • João José Reis, Universidade Federal da Bahia

    Doutor em História pela Universidade de Minnesota, professor do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia

Downloads

Publicado

2016-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

REIS, João José. De escravo rico a liberto: a história do africano Manoel Joaquim Ricardo na Bahia oitocentista. Revista de História, São Paulo, n. 174, p. 15–68, 2016. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2015.108145. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/108145.. Acesso em: 23 abr. 2024.