Os redutos de dominação bandoleira nos sertões de São Bento do Tamanduá: o caso de Januário Garcia Leal, o “Sete orelhas”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2018.131856Palavras-chave:
América portuguesa, bandoleirismo, redutos de dominação bandoleira, violência coletiva, criminalidadeResumo
Nosso trabalho, fruto de nossas pesquisas iniciadas no ano de 2003, visa analisar o tema do bandoleirismo na colônia. Para tal, descortinamos os conceitos de “áreas de mando” e do “mandonismo bandoleiro” para construirmos o conceito de “redutos de dominação bandoleira” – áreas de domínio monopolizadas por bandoleiros em regiões onde o domínio estatal era fraco ou litigante. Nessas regiões, atuavam poderosas quadrilhas de salteadores. O bando de Januário Garcia Leal destacou-se entre estes grupos. Não por acaso o seu líder, por alcunha de “Sete Orelhas”, acabara se tornando uma espécie de bandido-potentado nos inóspitos sertões de São Bento do Tamanduá, atual Itapecerica – MG. Ao final, como ponto fundamental de nossa pesquisa, constatamos que a famosa Lei da Boa Razão, ao desrespeitar os direitos costumeiros, provocou uma nova forma de reação coletiva aos intentos centralistas da Coroa - o bandoleirismo em bandos.
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