Iniciativas Locais e Mobilização por Escolas Primárias em São Paulo, 1830-1889

Autores

  • Renato Perim Colistete Departamento de Economia. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.120263

Palavras-chave:

Educação primária, Municípios, São Paulo, escola pública

Resumo

O artigo mostra como pais e moradores organizaram-se em diversas regiões da província de São Paulo e submeteram petições aos seus representantes locais e ao legislativo provincial requerendo a instalação de escolas, desde as primeiras décadas do Império. As câmaras municipais e, na década de 1880, os conselhos de instrução reforçaram a demanda local por ensino primário. Em meio a condições particularmente desfavoráveis, as evidências de mobilização por escolas públicas ganham um significado especial e levantam dúvidas sobre as perspectivas que, nos séculos XIX e XX, rejeitaram a viabilidade do autogoverno local devido à alegada incapacidade do “povo” de intervir na esfera pública de forma consequente. 

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Biografia do Autor

  • Renato Perim Colistete, Departamento de Economia. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo
    Professor Livre-Docente do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis, Universidade de São Paulo

Referências

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Publicado

2017-12-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Iniciativas Locais e Mobilização por Escolas Primárias em São Paulo, 1830-1889. Revista de História, [S. l.], n. 176, p. 01–33, 2017. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.120263. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/120263.. Acesso em: 28 mar. 2024.